A EMOÇÃO DA SURPRESA

Era uma vez um homem que tinha o dom da surpresa. Podia surpreender qualquer pessoa com qualquer coisa, sem aviso, sem motivo, sem explicação. Achava que a surpresa era a maior virtude de todas, pois trazia riso, emoção, curiosidade e novidade. Vivia feliz em sua casa no mar, perto de muitos peixes surpreendentes.

Um dia, recebeu a visita de uma sereia que estava disfarçada de humana. A sereia lhe pediu um pouco de diversão e de aventura. O homem da surpresa aceitou o pedido, animado de conhecer uma nova pessoa. A sereia ficou contente com o comportamento do companheiro, mas não quis ser entediante e lhe propôs um jogo.

Na tarde seguinte, o homem da surpresa se preparou para o jogo e escolheu um lugar: uma ilha deserta. Levou a sereia para a ilha e começou a surpreendê-la com várias coisas: um bolo de aniversário, um balão de ar quente, um elefante rosa, um pirata fantasma. A sereia se surpreendeu com prazer, rindo de tudo.

Foi então que o homem da surpresa percebeu que havia algo de estranho na sereia. Olhou com mais atenção e viu que a sereia era uma espiã: ela tinha uma câmera escondida, um microfone disfarçado, uma arma secreta, uma missão perigosa. Ela não estava ali para se divertir, mas para espionar. O homem da surpresa ficou chocado e confrontou a sereia.

A sereia finalmente confessou sua verdade e disse:

- Eu sou uma agente. Fui enviada por um mestre que me ensinou a virtude da surpresa. Disse que se eu surpreendesse o inimigo, eu seria vitoriosa.

E assim que ela terminou de falar, ela atirou no homem da surpresa.

A agente ficou aliviada e saiu nadando da ilha. Ela nunca mais esqueceu daquela experiência e aprendeu a valorizar a esperteza e a astúcia.

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