A margem azul

Dizem que cada toque suave é como tocar os pés na nuvem e lá iria Ellora com seu grande coração, aberto e vulnerável.

Procurando por outros braços calorosos tremeu de frio, até que obrigou -se a esquentar-se por conta própria.

Escutou palavras bonitas saindo de bueiros, descobriu bueiros que haviam flores dentro.

Aurora não compreendia, mas sentia a esperança calçando seus pés lhe encorajando a caminhar.

Mais tarde, a menina se debruçou em uma pedra dura, tentando dormir, ela imaginava todo amor que sentiu no ventre de sua mãe.

Ellora olhou para o céu e disse: Se este é o mundo real, então prefiro ficar com o mundo que tenho em meu coração, o que desejo e o que imagino.

Ellora guardou seu afeto com cuidado, e decidiu endurecer-se igual aquela pedra dura que ali estava debruçada, para assim se proteger do que tanto lhe machucava.

De vez em quando ela deixa escapar um pouco de amor quando molha os pés nas margens do rio azul. Mas sempre atenta, pois sabia que sentir podia saber bom, mas também dolorido.

O mundo não há tem.

Com amor Cassia
Enviado por Com amor Cassia em 30/12/2023
Reeditado em 28/04/2024
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