POESIA CEM...SEM CENSURA

Tu fazes parte da cena que enceno agora.

És como eu, o ator principal da peça que não tem nome...

Mas é a melhor e a maior que alguém poderia produzir e atuar.

Somos diretores, autores e atores, numa mistura de pensamentos... E corpos.

Desejos incontidos, prazer premente...

Onde tu começas e eu termino? Onde eu começo e tu terminas?

Que importa? Entre nós, tudo foi e é possível, na consumação de nosso “ato” no ato.

Fiquei e fico desbussolada, fora do compasso...

Vi Marte, a lua...e ela estava cheia... iluminando a terra, vi outros planetas e estrelas, e tu estavas junto nessa “viagem”.

Quantas vezes me levaste ao céu e ao abismo? Não sei, sei apenas que fomos juntos para onde a imaginação quis nos levar.

Fomos à “Terra do Nunca”, como adolescentes, rimos e corremos, brincamos de jogar sementes... Ganhei! Qual será a minha prenda?

Agora, no dia seguinte... Olho as marcas deixadas no meu corpo... Teu nome tatuado apagou, mas as marcas deixadas por teus dedos, por tua boca... Mostram que foi tudo real.

O corpo dói... Mas é dor de prazer, de realização.

Ao “rugido do Leão”, os outros animais estremecem (de medo), e a fêmea também, só que de prazer.

Sem censura, sem limites, recomeçamos tudo outra vez...

CEM? Quem sabe!

Só sei de uma coisa: Tudo o que me ensinaste foi para ti e será inesquecivelmente nosso.

Tiraste-me da hibernação, estou Viva! Feliz! Realizada!

Agora, ao teu rugido... Corro para beijar a tua juba e entrar no redemoinho contigo

Em uma ciranda que não termina nunca.

Cem...sem censura...

Sem limites...

E tu... Somente tu, desvendaste o segredo da “esfinge” sob o signo de aquário.

04.02.2008 – Faz parte de “Resposta ao teu Chamado”

Adi
Enviado por Adi em 04/02/2008
Reeditado em 05/02/2008
Código do texto: T845563
Classificação de conteúdo: seguro