Amante Aprendiz

Desde que fostes embora,

Que cá fiquei moribundo,

Vagando qual vagabundo,

Por este mundo afora,

Imaginando a qualquer hora,

Encontrar teu coração,

E nessa alucinação,

Inda sentir teu calor,

Se eu tivesse o teu amor,

Não vivia na solidão.

Amar assim como te amo,

Como amigo e como amante,

Me traz o peito ofegante,

E a todos os deuses clamo,

Pois moribundo te chamo,

Mesmo que seja em vão,

Vem me tirar dessa aflição

E aplacar minha dor,

Se eu tivesse o teu amor,

Não vivia na solidão.

Lânguido e sem preconceito,

É esse o amor da minha vida,

Mas confesso minha querida,

Que a saudade corrói meu peito,

Padecendo do amor desfeito,

Por não ter mais emoção,

Sendo que a separação,

Foi de amargoso sabor,

Se eu tivesse o teu amor,

Não vivia na solidão.

Lembro teus cabelos a brilhar,

Reluzentes da cor do sol,

Raios de luz no arrebol,

Estrelas cobrindo o mar,

Clareando a vaga a desabrochar,

Sobre a profunda amplidão,

Grande obra da criação,

És a estrela guia do viajor,

Se eu tivesse o teu amor,

Não vivia na solidão.

Lembro tua tez aveludada;

Esses teus olhos castanhos,

De beleza e encantos tamanhos;

Ter tua boca delicada;

Ouvir tua voz afinada,

Doce sem comparação;

És a eterna canção,

Do poeta sonhador,

Se eu tivesse o teu amor,

Não vivia na solidão.

Sei que este poema te diz,

Que te amei com tanto zelo,

Mas fostes o pesadelo,

Deste amante aprendiz,

Que tu fizeste infeliz,

Qual um servo na prisão,

Que não sente a viração,

Deste mundo encantador,

Se eu tivesse o teu amor,

Não vivia na solidão.

limavitoria
Enviado por limavitoria em 27/05/2008
Código do texto: T1008235