"ONTEM CHOREI DE SAUDADE DO TORRÃO ONDE EU NASCI"...

Quando paro pra pensar

Num rito de meditação

Vem à mente o meu sertão

Que tive que abandonar

Vejo imagens do lugar

E me bate um frenesi

Das coisas que ali vivi

E me invade a ansiedade

“Ontem chorei de saudade

Do torrão onde eu nasci”...

Logo surge de primeira

A casa simples e singela

D’onde eu via da janela

Lá no horizonte a “Ribeira”

A cerca de aroeira

O cheiro bom de pequi

A vida pacata dali

Movida à felicidade!

“Ontem chorei de saudade

Do torrão onde eu nasci”...

Lembro-me bem do terreiro,

Do rangido da cancela

Da cabrita magricela,

Do aboio do vaqueiro

Que na estrada lampeiro

Galopava por ali

Se houve tristeza, não vi!

Muito menos a falsidade!

“Ontem chorei de saudade

Do torrão onde eu nasci”...

Mote de ZÉ ILTON

Glosa de Lindoval Rodrigues Leal

Porto Velho-RO, 06/06/2008.

lealrodrigues
Enviado por lealrodrigues em 06/06/2008
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