C H U V A

O que o peito consola

Do pobre agricultor

É ver a chuva caindo

É um verso de amor

É ver a planta nascendo

É ver o gado pascendo

Ser um vate cantador!

Quando o sertanejo clama

Por chuva em fevereiro

Deus tem pena do seu choro

E derrama um aguaceiro

Da terra a fertilidade

Traz logo a prosperidade

Pra cassaco e fazendeiro

Quando o inverno chegar

Vai ter festa no Sertão

Peixe descendo a sangria

Verde espalhado no chão

Pai preparando o roçado

O solo todo molhado

É grande a animação!!!

Por isso eu grito oxente!

Ao ver no Sertão fartura

Queijo coalho e manteiga

Garajau de rapadura

Galinha de capoeira

E tanta fruta na feira

Qu'até tristeza se cura!!!