Sapolula e Obama

Numa prosa traduzida

Pur telefone buliu

O Barak americano

Co Sapolula do Brasil

Si falarom francamente

Si mostrarom bem contente

Adispois os dois sumiu!

U qui quié qui falarom

Num sei bem, mais u jornal

Mostrô para todo mundo

Qui foi prosa bem formal

U homi lá dos estranja

Falô, babô qui nem canja

Mostrô quié um animal!

Ele disse pro barbudo

Quiagora é eli quem grita

Pediu apoio do sul

Pois num cunhece estas ditas

Mas qui vai vir por aqui

Cagá e fazê xixi

Agora é eli qui apita!

Vixi mané, disse o Sapo

Vancê fala i tá falado

Vem cá cumê um churrasco

Vem cumê um bode assado

Nóis fais uma feijuada

Tomém a macarronada

Fica a data agendada!

Sapolula convocô

A turma toda e bancada

Ministros i Secretários

Pra organizá a empreitada

Mostrá praquele cabôco

Quiaqui o santo nué oco

Quio Sapolula é paulada!

Quando chegô o avião

Tava lá uma bandinha

Pra u’as musgas tocá

Disse o barbudo “bandinha,

Vamos tocá musga boa

Num vamus fica à toa

Tico-ticu nu fubá”!!!

A turma desceu a escada

Du avião já dançanu

E o Obama sorrinu

Chegou ali requebranu

Entrô no ritmo certo

I foi cheganu bem perto

Do Sapolula, pulanu!

“Meu fio, isso quié recepção

É iguarzinhu nu Quênia,

Onde mora meus irmão”

Agora chegu contente,

Esse Brasil, essa gente

Sabe o quieu gosto, ó Sapão”!

I a festa foi isquentano

Pelo dia inteiro afora

Obama agradiceu

Disse à turma “vamu imbora,

Já sei quiaqui no Brasil

Num existe clima frio

O povo aqui nunca chora”!!!

U avião levantô

Meio ansim balançanu

A turma num mais parô

Continuava dançanu

O Sapolula contente

Vortô mostranu os dente,

Tá sentado dispachanu”

Thales de Athayde
Enviado por Thales de Athayde em 28/01/2009
Código do texto: T1409068
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