O dia que conheci o mar

Foi a coisa mais impressionante que eu vi

Aquele mundaréu de água espumando

Fazia uma zoada, uma brabeza arretada,

Eu de longe, com medo, só espiando...

Nunca imaginei vê tudo aquilo de graça

Falaram que num é de beber, é salgada,

Mas que é bonito ver ele indo e voltando...

Ganhei confiança e cheguei mais perto

Pisei na areia fofa e quente... Mais é bom!

Tinha uma ruma de pessoa quase nua

Meio deitada, ficando com a pele marrom,

Uns rapazes jogando um futebol estranho,

Com uma rede alta, precisa ver o tamanho!

É o futevôlei, que naquela praia, dita o tom.

Mais o que me impressionou, na realidade,

Foi olhar o azul, bem longe, no infinito,

Não sei se era do céu, do mar, verdade,

Ou mentira... Se o que diziam era mito

Só sei que aquilo tudo me pegou de jeito

E depois desse dia, lá no fundo do peito,

Não sei viver mais, sem antes, ver teu agito.

Agito que digo é que me fez voltar a amar

Á natureza, a beleza da vida, o Criador...

De ver a rapaziada de prancha a surfar,

Os casaizinhos alegres, desfrutando do calor,

O sol brilhando de dia, a lua quase escondida,

Eu fiquei anestesiado e decidi naquele dia

Mesmo, mudar pro mar e encontrar um amor.

Sérgio Russolini
Enviado por Sérgio Russolini em 12/02/2009
Reeditado em 29/07/2022
Código do texto: T1434996
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