TECENDO CORDEL

Bem tentei tecer um cordel

falando da vida e da morte

lamentando quem tem azar

sorrindo p'ra quem tem sorte

dos muitos que enquanto vivem

jamais encontram seu Norte

Descrever mulher bonita

vestida de bailarina

baiana espevitada

mulher rosto de menina

contar estórias de amor

apagando a lamparina

Escrever sobre florestas

também do desmatamento

por alguns bestas quadrados

com esse comportamento

que no auge da loucura

têm o cérebro de jumento

Rabiscar sobre estrelas

fazer poesias ao luar

cantarolar um soneto

enquanto navego no mar

declamar alguns poemas

publicados por Gilbamar

Mas é tudo tão complicado

a vida é cheia de intrigas

uns dançam o escambau

outros fazem belas cantigas

e tantos são sorrateiros

semeando males e brigas

Um professor malcriado

gritou em alto e bom som

"eu vou fingir que ensino

e para que tudo fique bom

vocês fingem que aprendem"

- educação do Brasil.com -

Isso na sala de aula

alunos abobalhados

escutando o tal professor

os olhos esbugalhados

temendo pelo futuro

calados, preocupados

E a tal violência insana

do covarde assaltante

que atira sem reação

matando num só instante

o pacato trabalhador

é algo bem preocupante

Por isso prefiro calar

no meu silêncio protestando

o homem é um lobo do homem

que a vida vai desgraçando

e quanto mais o tempo passa

as coisas vão piorando

Gilbamar de Oliveira Bezerra
Enviado por Gilbamar de Oliveira Bezerra em 10/05/2009
Reeditado em 12/07/2009
Código do texto: T1585568
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