O GATO GUILHERME

No dia 1º de julho

Tava assistindo TV

E no jornal da noite

Eu não queria crer

Numa dita matéria

Uma notícia séria

Fiquei sem entender

Pois em santa Catarina

Um fato bem anormal

Que fez o povo do Brasil

Se sentir muito mal

Pois um pobre gatinho

Todo cheio de carinho

Foi parar no hospital

Com dois anos de idade

Gordo, fofo e embolado

Mas um problema de saúde

O deixou hospitalizado

Pensaram que tinha verme

O pobre Gato Guilherme

O que não foi comprovado

Continuou no hospital

Sendo ele bem tratado

Assistido por um médico

O tempo todo do seu lado

O que me deixou revoltado

E a nação se amargurou

Com o caso informado

Resolveram então botar

O bichano coitadinho

Estirado numa cama

Para tratar o bichinho

Que tinha falta de ar

E nada de melhorar

Observava-se pelo focinho

Quando foi diagnosticado

Encontrarão a solução

Puseram nele uma máscara

E deram inalação

Portanto foi inalando

Quase fora melhorando

E ficou em observação

Enquanto observado

Simplesmente ele dormia

Vigiado por duas enfermeiras

Sem nenhuma agonia

E lá na recepção

Sua dona em comoção

Não sabia o que fazia

Ela muito preocupada

Com o seu pobre companheiro

Que era sua companhia

Querido e verdadeiro

Nas horas de solidão

Era como um irmão

Animado e altaneiro

Logo foi ela chamada

Pelo médico responsável

Dirigindo-se para o quarto

Com o seu jeito amável

E quando chegou lá

Pôs-se a perguntar

Por Guilerme, o Formidável

O médico e as enfermeiras

Sentou-a numa cadeira

Para lhe dar a notícia

Sem nenhuma brincadeira

Pois a mesma assistiu

Nem ao menos desistiu

Da noticia verdadeira.

Sobre o Gato Guilherme

Que ali tava internado

Mas um problema respiratório

O transformou em finado

Entristecendo sua dona

Uma jovem bonitona

Agora sem o gato amado

O fato virou noticia

De proporção nacional

Vários jornais interessaram-se

E investigaram o hospital,

O médico e as enfermeiras

Duas profissionais brasileiras

Que também se deram mal

A secretaria de saúde

Tomou uma decisão

Afastou os profissionais

Para fazer a investigação

E durante trinta dias

Serão muitas as agonias

Até uma solução

Enquanto no Brasil

País dos mais espertos

Vão empurrando com a barriga

Até os atos secretos

Omitindo o nepotismo

Com as caras de cinismo

Deixando os casos em aberto

Mas a vida é assim

Eles cometendo os erros

E eu contando as histórias

De atos, gatos e bezerros

Enquanto o nosso povo

Fica com cara de ovo

Ou como defunto em enterro.

Espero que o Guilerme

Encontre lá no céu

Um lugar bem modesto

E guarde para Manoel

Que eu e meu leitor

Disseminaremos o amor

Escrevendo em papel.

THE END...

FINISH...

ACABOU...