O PEIDO FAZ SUA HISTÓRIA, LASCANDO A VIDA DA GENTE

Não tem tiro de canhão

Bala de metralhadora

Bomba de lança-rojão

Qualquer arma atiradora

Que faça maior alarde

Do que o peido covarde

Que sai do pé da vassoura

Ee estava com uma loura

Da cidade de Osasco

Namorando e passeando

Depois de comer churrasco

Desliguei o som da caixa

Soltei uma bufa baixa

Queimei a boca do frasco

Aquilo foi um fiasco

A bufa foi fedorenta

Eu dei o tiro pra baixo

Mas ela acertou na venta

Não sei porque ele teima

E acerta na venta e queima

Como se fosse pimenta

Na hora que o cão atenta

Pega a roseira e sacode

Abre a porta de saída

O peido sai e explode

Você não sabe o que pensa

Ele não pede licença

E fede mais do que bode

Se esconder ninguém pode

Porque é muito indiscreto

Você finge indiferença

Fica no seu canto quieto

Mas se for dentro da sala

Um peido desse resvala

E deixa a mancha no teto

Peido do tipo secreto

É solto no elevador

Onde cinco ou seis pessoas

Tem que sentir o fedor

Fica um olhando pro outro

Pra ver quem foi o escroto

Que abriu o rabo e peidou

A catinga se espalhou

E todo mundo sentiu

Só não tem como dizer

De onde o peido saiu

O verdadeiro culpado

Fica num canto calado

E mudo sem dá um pio

Peido que dá assobio

É um pouco mais esquisito

Sai da boca do funil

Forçado pelo atrito

Grita soltando fumaça

Mas a idéia que passa

É que alguém deu um apito

Não é um peido bonito

Pelo barulho que fez

A gente não rir na hora

Pra não peidar outra vez

Senão fica acostumado

Pois o rabo é turbinado

Com motor um ponto seis

Tem o peido português

Que é inocente demais

Você vai soltar um vento

Como todo mundo faz

Na hora que você geme

O cano de escape treme

E joga merda pra trás

Você não segura mais

Mela a cueca na certa

Depois sacode o franzido

Sem querer o bicho aperta

Fica espalhando porqueira

Mesmo que você não queira

Vai andar de perna aberta

O peido grito de alerta

É como motor toyota

Se soltar em ponto morto

Cada peido tem dez notas

E vem um atrás do outro

Como galope de potro

E o pé do cipa desbota

Tem outro tipo idiota

Peido banda de forró

É um que sai remexendo

Desce pelo mocotó

E mais se mexe, mais fede

Por esse peido se mede

O aro do fiofó

Peido de gordo é pior

Faz o barulho de um trem

Tem excesso de gordura

A poupança vai e vem

Um peido desse faz mal

Porque é proporcional

Ao peso que o cara tem

Mas tem um que é do bem

Que não tem som nem fedor

É o peido feminino

Que é solto com amor

Qualquer homem de respeito

Cheira sem botar defeito

O peido que ela soltou

O peido rastejador

É o que vem do anão

O seu traseiro é mais baixo

E fica perto do chão

Esse se vai como vem

E ninguém sabe que tem

Um anãozinho peidão

Peido de rico então

É leve e sem violência

Parece uma invenção

Criada pela ciência

Como o rico nada come

Seu peido mudou de nome

E se chama flatulência

Eu não tenho paciência

Pra ouvir pessoa lerda

Não há o que se aproveite

Benefício não se herda

Por isso vou me tocar

Tá na hora de parar

Com esse papo de merda

Heliodoro Morais
Enviado por Heliodoro Morais em 18/07/2009
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