1 - INTRODUÇÃO - GÊNESIS do Paladino e a Donzela

O PALADINO E A DONZELA

De uma brincadeira, com colegas poetas, na comunidade Poemas e Poesias, surgiu O Paladino e a Donzela, que se tornou em uma série de poesias escritas em parceria com a poetisa Aglaure C. Martins, deste Recanto. Algo apenas lúdico, e em forma de trovas ou poemas livres, foi se transformando numa despretensiosa novela onde diferentes formas de escrever poesia eram expressas. E, foi assim que surgiu o desejo de transformá-la em cordel. Preservei o texto original, incluindo alguns poucos numa tentativa de ordená-los cronologicamente.

Meu desejo é que ela atinja o objetivo pelo qual foi escrita,

E espero receber as vossas críticas e sugestões.

Moses ADAM

Ferraz de Vasconcelos, 1607/2009

18h25

GÊNESIS

Foi em querer descobrir

Do meu avô, o legado,

Que abandonei o sudeste:

Me aventurei no cerrado.

Vim, então, pra Pernambuco,

Esse Estado abençoado.

Sou da família Pereira,

Nesse rincão mui amado;

Em Gravatá, a semente;

Sou de Uruçu, afilhado;

Manoel Leôncio Pereira,

Foi meu avô. É finado.

...

... ...

"Vim de jegue e de avião

De São Paulo a Pernambuco.

Eu tomei chá de cadeira

Por whisky, bebi suco

Eu comi feijão de corda

Fui chamado de maluco.

Na terra de Pernambuco

Tem cabra macho e letrado

Lampião, Sinhô Pereira

Fazem parte do legado

Luiz Gonzaga, co’a sanfona,

Conheci, como soldado.

Sou soldado Paulistano,

Mas fiquei enamorado

De uma linda Paraíba

Que, deixada ao meu cuidado,

Os meus olhos, encantou,

Nesse canto do cerrado.

O Paladino

Gravatá, 12 de julho de 1921”

A buscar nobre Donzela

Que moveu o Paladino

Eu troquei a minha terra

Pelo solo nordestino.

Eu lhes conto a sua história

Seu amor e o seu destino...

O Neto do Paladino

Santo Antão, PE - 0702/2009

Moses Adam

F.V., 07.02.2009