O POETA DAS ESTRADAS

O Poeta das estradas

Á mim me dizem poeta

Sou sim, um poeta da estrada

A moto é minha vida

Junto á família é sagrada

Dormindo perto do meu quarto

Nos fundos de minha morada...

Do "Motocilismo estradeiro"

Não mais posso separar

Dos meus irmãos de estrada

Nos que possa confiar

Sempre quero estar junto

E unidos sempre rodar...

Me dizem também menestrel

E em mim vêm valor

De solidário e sempre amigo

Que ainda crê no amor

Tem fé em São Dragstão

E na raça de um bom motor...

Mas quantas decepções

O mundo a moto me deu

Muitas eu já superei

Assimilei no peito meu

As outras ainda prosseguem

Sem que tenha culpa eu...

Mas isto de moto, é ópio

Um vício sem dor latente

É cachaça da melhor

Neste mundo existente

Provando do primeiro gole

Vicia-se no asfalto quente...

Não consigo entender

A grandeza desta paixão

Penso em moto o tempo todo

E em sempre ser amigo e irmão

Mas nunca vou perdoar

A frieza da tal traição!

Ele,\=/, O Paulada.

"Um sempre amigo na estrada"