Cordel da zanga zangada ( EC)

Quando me bate uma zanga

abro o peito, solto a franga

falo pelos cotovelos

mostro a garra, eriço os pelos

não é que eu seja aloprada:

pra brigar eu dou boiada

Quando fico p da vida

armo o que até Deus duvida

faço bico, ofendo, emburro

em ponta de faca esmurro

eu não fico só de mal

mato a cobra e mostro o pau

Dizem uns que sou histérica

que conter-me é lida homérica

outros que sou barraqueira

é intriga da oposição:

desgraça pouca é besteira

sou mulher de opinião

Muita calma nessa hora

senão a fera apavora

dou chilique, faniquito

arrebento e arrebito

viro bicho, incrível Hulk

da finesse, adeus o look

Não mexa comigo, moço

que eu não engulo caroço

no facebook e orkut

me vingo, no saco um chute

posso não ter muito músculo

mas sou mulHer, agá maiúsculo.

( antes que me perguntem:

Eu não, eu sou de paz.

Quando fico irritada de fato, paro, penso e ajo.

Cão que muito ladra se dana. )

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Este texto faz parte do Exercício Criativo - Quando me Zango

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Maria Paula Alvim
Enviado por Maria Paula Alvim em 14/08/2009
Reeditado em 14/08/2009
Código do texto: T1753617
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