MINHA VOZ

Eu sou sim, um tal Paulo Paulada,

Um mísero poeta, pobre e popular,

Os versos meus vagam nas favelas,

Onde um grito ecoa prá me libertar.

O grito que quero me liberte, solta a minha voz,

E com força mortal que sei é fria,

Busca a igualdade e a felicidade,

Dos irmãos dos guetos e da periferia.

Sangra o meu peito e uma dor profunda,

Faz-me mais forte e sim quero eu lutar,

Onde tu estás, pobre, negro ou puta?,

Venham junto á mim, por igualdade já.

Nos libertaremos dessa opressão,

Que ora nos impões essa elite imunda,

Que de fome, sede e falta de trabalho,

Güela abaixo empurra-nos, e nosso corpo inunda.

Quero meu direito, a constituição me dá,

Nela, as leis existem, devem ser cumpridas,

Sejam negros, pobres, ou mesmo prostitutas,

Alí redigiram, protejam nossas vidas.

E na poesia, minha porta voz,

Não imploro nada, quero meu direito,

Que algum algoz, rasgando o meu peito,

Quer roubar de mim, quer roubar de nós.

Nunca deixaremos, que passem os anos,

Nossa luta forte um dia vencerá,

E lá nas favelas, guetos e prisões,

Onde pulsa lindo os nossos corações,

A nossa vitória um dia sim virá!

Fui.

Ele,\=/... O Paulada