A SAGA DE PORTO DAS GALINHA

Istripulia das Minera no Nordeste
Ruth Gentil Sivieri

Na baita sigunda-fera
Nois partimo de avião
Modi cumê macaxera
Lá pras banda do sertão.

Espera ai, Romildinha,
Que a Rosida vai tamém,
Vamo aguardá a Dorinha
Qui ela vai chegá de trem.

Cá de Ismerarda eu saí,
Pra tirá os maloiado
Pruque já tava dano piti
Modi esse estresse marvado.

E fumo nois pru Recifi
Lá prus Portu de Galinha
Mermo sem muito cacifi,
Nois arrumemo a troxinha.

E quando lá nois cheguemo,
Foi aquela trapaiação
Os pé no mar nois pusemo
Pra tirá azaração.

Foi a façanha mais mió
Qui aconteceu pra nois tudo
Tirô o que foi de pió
Miorano o conteúdo.

As cachola ficou limpa
Dos poblema que nois tinha
E agora nois só garimpa
Energia da fadinha.

E nois jogava e bibia,
Sem caí, fumo sensata.
Fizemo muita fulia
Mai num contemo bravata.

Muita amizade e sem fita
Desse mundão nois fizemo,
Mais a mió foi da Rita
Que muita prosa gastemo.

Eita povo intiligente
E tamém muito arretado,
A curtura diferente
E ninguém disanimado.

Ô trem bão que foi de fato
Vortemo com novo astrar,
Pra infrentá os lava prato
Só naquele rituar.

Ieu tô achano é bão
Modi essa vida danada
Num intrego os ponto não,
Vô siguino na jornada.



 
Ruth Gentil Sivieri
Enviado por Ruth Gentil Sivieri em 15/10/2009
Reeditado em 21/03/2019
Código do texto: T1867484
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