Me chamo "Paulo Paulada"

Me chamo "Paulo Paulada"

Um amante da motocicleta.

Dizem que sou um puéta,

Bondade da rapazeada.

Que puéta mais que nada,

Sou apenas ser humano

Viajando o mundo insano,

Por vezes levando porrada...

Por um descuido natural

Fui eu nascido carioca.

Na favela e numa lóca,

Nascí eu, foi bem legal.

Ser carioca é sublimal

Como o é ser nordestino.

É verdade seu menino,

Se de novo, em Bacabal...

Me criei lá por Brasília

A "Capital da Esperança".

Hoje com tanta matança,

Fugí eu daquela ilha.

Arquitetura? Maravilha,

Mas poço de roubalheira.

Com política traiçoeira,

Do povo não lê a cartilha...

Hoje me escondo em Goiás,

Mas antes fui ao Uruguay,

Disseram-me daquí não sai,

Quase não volto pra trás.

Na moto coloquei um gas,

Voltei pro Brasil voando,

Seis anos por lá passando

Amo aquela Pátria demais...

Também fui pobre "fessor"

Do belo idioma espanhol.

Debaixo de chuva ou sol

Ensinei com muito amor.

Pro pé-rapado e doutor

Passava eu o que sabia,

E com honra e galhardia

Nunca achei fiz um favor...

Hoje "fiscal da natureza",

Vivo eu pelas estradas.

Em meio á motos danadas

Coisas lindas, que beleza.

E sem conviver com tristeza,

Deste mundo não saio mais.

Em Sampa, Rio ou Goiás,

Sou rei com minha princesa...

Espero assim ter informado

Um pouco de minha pessoa.

Motociclista e cabra atoa

Mas um cidadão educado.

Respeito pra ser respeitado

Do Oiapoque ao Chuí.

Se assim não fôr, sai daquí

Não vais andar do meu lado!

Paulada
Enviado por Paulada em 22/11/2009
Código do texto: T1937672
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