GALOPE À BEIRA-MAR

Pequena Ciranda entre amigos.- sobre Rimas e Métrica

(Ou do minimalismo ao canto encanto das sereias.)

(Rejane (Mel) Britto / Marco Bastos / Priscila de Loureiro Coelho / Áurea Charpinel)

* * *

I try.. ?

eu tento...

(é este o meu alento... ?)

embora

as rimas

soem

como esgrimas

- duelos de lâminas

nos meus versos desatentos.. . -

Rejane (Mel) Britto

* * *

I see...

(que o alento)

é como vento....

embora

a métrica

ainda

seja tétrica

- em duelo, quatro martelos

no galope à beira-mar

Marco Bastos.

* * *

Depois desses poemas, os poetrix:

* * *

Duelo

cavalgo, em disparada

de "repente" meu verso te encontra

e no chicote estala a rima

Rejane (Mel) Britto

* * *

no repente

em duelo ou embolada

seja tua rima, no canto bem cantada,

no compasso do martelo, elo a elo.

Marco Bastos

* * *

de caso pensado

no verso ou no reverso

não aceito controvérsia

rimo verso e adverso

Priscila de Loreiro Coelho

* * *

Rimas e Métrica no "Galope à Beira-Mar"

lira nas patas tônicas do teu piquira,

no hendecassílabo de bronze,

sílabas: dois, cinco, oito e onze.

Marco Bastos

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E pelos caminhos dos sons e tempos, DOIS GALOPES À BEIRA-MAR

* * *

Aurea Charpinel said:

.

Amor vai-e-vem, esse bem que me espera

É tudo de bom, é bombom de cereja

A gente se encontra, se abraça, se beija

E mata a saudade... é um sonho, quem dera!

Mas se bem-me-queres, serei primavera

Mulheres se vestem até de luar

Se o seu bem-amado assim desejar...

Abrindo os meus braços, sou árvore, flores

Sou fruto da espera, promessa de amores

Num lindo galope na beira do mar..

* * *

Marco Bastos sede:

bombom de cereja dá água na boca

você se me beija...oh! bem que isso faz!...

tem dia que um beijo por ser tão fugáz

implora à manhã, com a doce voz rouca

que venha uma brisa que seja mais louca

querida cativa sem medo de amar

orvalho sem pranto que venha molhar

o sonho sonhado num tempo de flor

que seja ardida a pimenta do amor

na cor de um galope à beira do mar.

Marco Bastos

* * *

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