DO PARAÍSO À CAMISINHA

Quando Deus criou o mundo
E pensou em povoá-lo
Fez o homem e a mulher
Para, muito, adorá-LO
Muitos deles se perderam
E outros se entreteram
Sem ao menos escutá-LO

Comeram muita maçã
E chuparam tangerina
Adão só tinha olhos
Pra Eva, que era menina
E os dois se entregaram
Às paixões que os dominaram
E mudaram a sua sina

Os homens foram crescendo
Promovendo a evolução
Nutrindo o corpo e a alma
Burilando a emoção
Mas,de empáfia s'encheram
E sequer compreenderam
As trilhas do coração

A alma advertia
Para do corpo cuidar
Não cometer os excessos
E aprenderem a amar
Cultivar a fidelidade
Na fazenda ou na cidade
Para o bem perpetuar.

Mas os homens se julgaram
Donos dos seus narizes
Começaram os desmandos
Entre todos os matizes
Espalharam as doenças
Não respeitaram as crenças
E se tornaram infelizes

Então, novas pessoas
A camisinha criaram
Pra proteger os homens
Do mal em que se afundaram
Dar uma trégua à doença
Poder reviver a crença
Naquele que desprezaram!

Será que eles mudaram?!

soninha

UM MIMO DO POETA MIGUEL JACÓ

Existem as camisinhas
Junto com elas as lendas
Que não tem o mesmo gosto
E a coisa fica horrenda
É um gozo sem prestigio
Daí muitos correm o risco
De se amar sem esta prenda.

Miguel Jacó


Obrigada amigo,pela pérola!

bjs,soninha

 
Sônia Maria Cidreira de Farias e Miguel Jacó
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 05/03/2010
Reeditado em 04/01/2014
Código do texto: T2121516
Classificação de conteúdo: seguro
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