VIDA DE CAMINHONEIRO



Vida de caminhoneiro
É uma coisa esquisita
Deixa a família em casa
E vai ver mulher bonita
Que desfila pela estrada
Igual a alma penada
Alma cheia de desdita

A carreta aboletada
São mil coisas,de montão
E no meio destas tralhas
O seu pequenino fogão
Onde ele, ali prepara
O frango que já tratara
E um pouco de feijão

Vai cumprindo a sua sina
Com bem pouco a se queixar
Pois precisa do trabalho
Pra a família sustentar
Ela está lhe esperando
As crianças estão chorando
Querem o pai pra abraçar

A esposa ,coitadinha
Não lembra quando beijou
O seu marido querido
Que ainda não voltou
Da viagem tão demorada
Sujeito aos riscos d'estrada
Que ele mesmo, contou

Reza pra a Virgem Maria
E para São Joaquim
Fala ao santo, baixinho:
"Trazei-o de volta pra mim"
Eu te prometo meu santo
Que acendo outro tanto
De velas no seu "cantim"

Logo o santo lhe atende
Traz de volta o seu marido
Que chega vitorioso
Pelo dever bem cumprido
Mas se lembra que há a hora
De partir, seguir afora
E que vai partir,sentido.

Por deixar o lar querido!


bjs,soninha
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Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 11/03/2010
Reeditado em 24/10/2010
Código do texto: T2131819
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