"HUMILDES VERSOS"

Os versos os quais componho

Que não são sonetos, poemas

Estão fora de qualquer regra

Não aceitando esquemas

São só escritos populares

Não super produções pra cinemas...

São versos pobre, ao humilde

Pra todo e qualquer mal letrado

Pro negro da periferia

Também pra qualquer pé inchado

Pro mendigo da igreja

Que pede ao cristão um trocado...

Cordel meu, cordel carioca

Bem simples, o mais vulgar

Bem comunzinho, o coitado

Só tendo valor no rimar

Mas alegra o cidadão

Que livro não pode comprar...

Canta ele o dia a dia

A desgraça do pobre, a rotina

A falta do pão, do remédio

E até daquela vacina

Que o pobre operário não toma

Porque seu salário é propina...

Meus versos são gritos de dor

Da criança abandonada

Do velho que passa fome

Enquanto a nação é roubada

Do pobre doente em hospital

Sem a doença ser tratada...

O que escrevo é também

Pra prostituta do bar

Pra mocinha que vende o corpo

Pra poder se alimentar

E pra quem anda em estradas

Sem condição de rodar...

Mas meus versos ainda são

Pra toda mulher mal amada

Também pro marido traído

Que em si vê crescer a "galhada"

Que lhe cultiva a mulher ingrata

Messalina e bem safada...

E sem nenhuma pretensão

Que possa um dia aparecer

Meus versos não querem nada

Só prazer no escrever

Pra que os pobres viventes

Lhes tenham acesso e possam ler!

Paulada
Enviado por Paulada em 18/04/2010
Código do texto: T2204024
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