CADÊ A MULHER QUE ROUBOU O TACHO?

Padre Julinho, grande sacerdote

Foi mui caridoso e de vários dotes

Muitos anos vividos a serviço do Senhor

Homem santo, pessoa doce e servidor

Nesta terra só fazia o bem

Sem se importar para quem

Sempre alegre e de bom humor

Assim falava de Nosso Senhor

Agradava as crianças com doces e balas

E o catecismo como amor as ensinava

Aos adultos sempre uma palavra dava

Consolo, esperança e o que precisava

O povo, a igreja sempre lotava

Com as missa que ele rezava

Dia comum, domingo ou de festa

Era novena, batizado ou quermesse

Os anos foram passando

Os cabelos branco ficando

Sua cabeça dantes tão boa

Começava a dar sinais da idade

Mas insistia o pobre vigário

Em completar o seu belo trabalho

Fico aqui até quando eu puder

E cabeça boa o Senhor me der

Por essas coisas próprias da vida

De tanta labuta veio a fadiga

Bastava encostar em qualquer lugar

Que vinha a soneca lhe incomodar

Certa dia ouvindo muita confissão

Cansado de tanto ouvir os pecados

Veio uma Dona lhe relatar os seus

Que a consciência estavam a incomodar

Ouviu-a de bom e paternal coração

Mas no meio da audição cochilou

A velha sem graça em acordar o Vigário

Saiu de fininho e o deixou solitário

Quando por ali passava um menino

Vendo que o padre estava dormindo

Chacoalhou-o de modo a acordá-lo

E o padre assustado soltou um esculacho:

CADÊ A MULHER QUE ROUBOU O TACHO?

Gleisson Melo
Enviado por Gleisson Melo em 22/04/2010
Reeditado em 10/11/2022
Código do texto: T2212913
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