Vida e morte Leocadia

Oh!! Altissimo criador

Envia-me vossa inspiração

Seis que és bondoso e justo

e habita em meu coração

Para que em versos rimados

Eu conte um fato marcado

Há anos nesse sertão!

Nessa Terra tem de tudo

Voce pode não acreitar

Mas o nosso criador

Não deixou nada faltar

Amor, vida e beleza

Maldade e sofrimento

Para a balança pesar

Todo ser que vem ao mundo

Tem uma missão a cumprir

Por mais que evite sofrer

Tem sempre uma dor a te seguir

Uns tem o brilho da sorte

Outros a sina da morte

Não há como do destino correr!

Conto agora uma história

Marcada por traição

Que foi transformada em crime hediondo

E de sangue lavou o chao.

Em muitos anos passados

O fato ficou registrado

Na memória do povo desse sertão!

Em 1880 foi o ocorrido

Na pacata vila do sertão

A triste historia de uma moça

Que muito bonita e jeitosa

Despertava inveja e ambição

Guanambi ainda era uma vila

Por nome de Beija - Flor!

Seu nome era Leocádia

Moça jovem e muito assediada

Era por todos muito cortejada

Desde que em Beija - Flor chegou

E com sua chegada

A um coronel encantou

Mas a pobre moça nao sabia

Como seria triste sua dor!

Um dia cruzou seu caminho

Mulher dura e cruel

O nome dela era Raquel

Suspeitando de Leocadia

Armou uma grande cilada

Contratando a jagunçada

E para acabar com a farra

Ordenou matar Leocadia

E o seu seio queria

Exibido em uma linda taça.

Feito o triste mandado

Os jagunços chegaram a sorrir

Pois os seios de Leocadia

A patroa logo ia servir

Para o senhor coronel

Que em seu grande aposento

Tranquilo estava a dormir.

Andreia Rego
Enviado por Andreia Rego em 30/04/2010
Reeditado em 30/04/2010
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