A LITERATURA EM CORDEL VII: O MODERNISMO

O MODERNISMO

O Modernismo surgiu

Na era mil novecentos

No ano de vinte e dois

Com um acontecimento

Semana de Arte Moderna

Onde escritores revelam

Toda arte do momento.

Essa Semana de Arte

Foi um tremendo barato

Espalhou-se no Brasil

Mas começou em São Paulo

Renovando a idéia

De escritor e de platéia

Com bastante entusiasmo.

Os autores dessa época

Desejavam a expressão

Natural, sem influência

De nenhuma outra nação

E a nossa realidade

Foi usada com vontade

Nessa grande produção.

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A linguagem modernista

Torna-se coloquial

Semelhante à nossa fala

Mais comum, mais natural

Do modelo português

Afastando-se de vez

Pra ficar mais nacional.

Várias vezes os autores

Fazem uso do humor

Em seus textos, em seus livros

Algo novo e de valor

Que antes era julgado

De mal-gosto, de malgrado

Pelo um grupo de escritor.

Em três fases diferentes

Se divide o Modernismo

Na primeira fase há

As vanguardas, o humorismo

Ruptura com o passado

Nacionalismo elevado

Também há primitivismo.

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Na segunda fase há

Nossa prosa intimista

Que estuda o homem urbano

Romance regionalista

Mostrando uma região

Da nossa grande nação

Sob a visão do artista.

A terceira fase é

Pós-Modernismo chamada

Nega temas da primeira

Volta ao uso da palavra

Cuidadoso e consciente

Os autores são crescentes

E as correntes literárias.

Da primeira geração

Destacam-se três autores

Que renovaram as artes

Foram grandes escritores

Nosso Mário de Andrade

Também Oswald de Andrade

Bandeira e seus amores.

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Mário de Andrade deixou

Obra vasta e influente

Onde os destaques são

Os seus livros competentes

“Paulicéia Desvairada”

“Macunaíma” obra rara

“Contos Novos” que é da gente.

Oswald de Andrade escreveu

Obras com nacionalismo:

“Paul Brasil” e “O Rei da Vela”

Renovando o Modernismo

A burguesia critica

Por ser bem capitalista

E mostrar grande egoísmo.

Nosso Manuel Bandeira

Do Brasil, grande poeta

Escreveu “Libertinagem”

Sua obra mais completa

Obra lírica e precisa

Simples e bem construída

Com uma linda estética.

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Escreveu com liberdade

No conteúdo e na forma

“Itinerário de Pasárgada”

Foi outra de suas obras

“Estrela da Vida Inteira”

Onde Manuel Bandeira

Relata sua história.

O Graciliano Ramos

Desenvolveu o romance

Regional, psicológico

Dessa arte, grande nome

Ele escreveu “Vidas Secas”

Sua obra mais perfeita

Onde a morte é constante.

“São Bernardo” e “Angústia”

São obras mui bem escritas

Suas “Memórias do Cárcere”

Nos comovem, nos criticam

São livros que nós amamos

E faz de Graciliano

Nosso melhor Romancista.

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Carlos Drummond de Andrade

Maior poeta brasileiro

Deixou obra que expressa

A angústia e o desespero

Do homem contemporâneo

Escrevendo com encanto

Poesias sem segredos.

Escreveu com paciência

E bastante alegria

O “Sentimento do Mundo”

E “Alguma Poesia”

“Claro Enigma”, “Boitempo”

“A Rosa do Povo”, sendo

Lido de noite e de dia.

João Cabral de Melo Neto

Foi um poeta importante

Deixou obra sem exagero

Sentimental, mas marcante

“Morte e Vida Severina”

E “O Cão sem Plumas” fascinam

Pelo social constante.

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Clarice Lispector foi

Voltada ao intimismo

Mergulha na psique

Dos personagens vividos

Sua “A hora da estrela”

Foi sua maior bandeira

No mundo do Modernismo.

Guimarães Rosa usou

O sertão como cenário

Fez “Grande Sertão: Veredas”,

Caprichando no vocábulo

Escreveu “Corpo de Baile”,

E “Sagarana” que invade

A mente do homem letrado.

Há também mais escritores

Os quais merecem destaque

Como José Lins do Rego

Que escreveu uma bela arte

Como o livro “Fogo Morto”

Que se destaca dos outros

Pela espontânea linguagem.

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Rachel de Queiroz também

Fez uma arte bonita

Nosso Érico Veríssimo

Que foi um grande artista

Há ainda Jorge Amado

Escritores consagrados

E amados pela crítica.

O Vinícius de Moraes

Foi um dos grandes poetas

Há a Cecília Meireles

Que marcou a sua época

No tempo, a fugacidade

Nas coisas, precariedade

Marcaram sua estética.

O modernismo abranda

Dando início à outra escola

Chamada Contemporânea

Que surgiu cheia de glória

Com uma arte diferente

Junta passado e presente

Começando outra história.

Carlinhos Cordel
Enviado por Carlinhos Cordel em 09/05/2010
Reeditado em 28/10/2014
Código do texto: T2247568
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