A MULHER DE BRANCO E OS SUMIÇOS DOS PORCOS

A tempos em minha Terra

Em Santana do Jacaré

Tinha um povo estranho

Só podiam ser "lelé"

Mais do que uma maluquice

Tinham o feio hábito gatuno

Na calada das noites frias

Roubar porcos dos outros

A mulher dessa família

Planejava toda a ação

E os homens executavam

Seguindo sua orientação

Enquanto dormia o arraial

Os gatunos atacavam

Traziam o capado morto

Num lençol todo enrolado

Pra disfarçar a operação

E vigiar a transação

Um lençol cobria o corpo

Da mulher assombração

Quando o povo do lugar

Dava falta dos porquinhos

Começava um bafafá

Pra que rumo terão ido?

Até que um grupo de pessoas

Moradores da rua do Capim

Tiveram uma idéia

De nessa história por fim

Combinaram com um aleijadim

Do que eles já tavam desconfiadim

De pega a muié de branco

E ela explica tudim

Quando os capanga da muié

Entertido atacavam mais um porco

Os astutos do Capim mais o aleijadim

Tapiaram a muié de branco

Como se fossem os gatunos

Iam em direção ao muro do campo santo

Com o amigo no lençol

E o medo da mulher de branco

Observando o esforço que eles faziam

Nem prestou atenção que eles num eram não

Seus comparsas das noite de assombração

Cutucou o falso porco e exclamou com admiração

Esse ta bem criado vai ser um farturão

E os falso comparsas com medo do tar assombração

Ante o comentário da farsa fantasma

Abandonando o amigo dispararam em correição

E o pobre do aleijadinho

Que de medo num perdia nem um pouquinho

Saiu em grande aflição

Pulando e rolando no chão

Chegou a tal rua do Capim

Primeiro que seus amiguim

E o medo naum os deixou

Descobrir os mal feitor

E o porco que eles roubo

Noutra noite o mistério ficou

E os corajosos animados do Capim

Nunca mais quiseram vir

Pra descobri se era farsa

A tar muié de branco

Que aparecia nas noites

Que um porco tinha fim...

Gleisson Melo
Enviado por Gleisson Melo em 10/05/2010
Reeditado em 25/03/2021
Código do texto: T2249274
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