SÓ PRA LASCAR O PADRE

Ao chegar ao cabaré,
Mané de Chico Clemente,
mesmo sem ser conhecido
como excelente cliente,
procurou uma mulher
que estivesse doente.

Ficaram todos perplexos
e alguém foi lhe perguntar
por que é que ele queria
com uma doente transar?
simplesmente respondeu:
“É para o padre lascar!”.

Arranjaram uma mulher
que estava acamada,
tinha gonorréia e sífilis,
muito doente e inchada;
ele não contou conversa,
transou com a pobre coitada.

Quando terminou o ato
sorriu com ar de esperto,
vestiu-se sem se lavar
e saiu de peito aberto,
com certeza que seu plano
tinha tudo pra dar certo.

Quanto ele foi saindo,
a dona do cabaré,
chamada Maria Boa,
perguntou para Mané:
“Essa história de lascar
o padre como é que é?

Ele esboçou um sorriso
e disse: “Maria Boa,
eu vou contar pra você,
que é excelente pessoa,
como o pinto do padre
dessa vez pelo ar vôa.

Quando eu chegar em casa
eu transo com a Zefinha,
depois saio pra jogar
no campo uma peladinha,
chega o besta do Chicão,
transa com a mulher minha.

Chegando em casa Chicão,
logo ao anoitecer,
chama logo a mulher dele
para amor fazer
e depois sai pro boteco
para cachaça beber.

O padre sabendo disso
chega ligeiro excitado
pega a mulher de Chicão
para um chamego danado;
e depois de poucos dias
o padre está lascado.

Ele vai pagar bem caro
por ser metido a galo,
vai andar de perna aberta
com o pinto cheio de calo;
com secreção escorrendo
e na batina batendo
como no sino o badalo.