ROMANCE DO SOL E DA LUA
A lua brigou com o sol,
o sol brigou com a lua,
porque ela viu o sol
abraçando a noite nua;
a lua muito sofreu
pensou muito e resolveu
morar sozinha na rua.
Quando a tarde vai sumindo
a lua fica a olhar,
a noite correr ligeiro
para o sol abraçar;
a lua enciumada
fica bastante irritada
e sai para passear.
Ela vaga pelo céu
no meio da escuridão,
sem ter com quem conversar,
sofrendo na solidão;
somente uma estrela,
que fica triste ao vê-la,
é que lhe dá atenção.
A estrela lhe pergunta:
Por que sofres tanto assim?
Por que você não se abre
e conta tudo pra mim?
Quem sabe se eu não posso
achar no sistema nosso
pro seu sofrimento um fim?
A lua olhou pra estrela
viu de amizade uma prova
e disse: Voce se lembra
quando eu era lua nova?
O sol vivia ao meu lado,
um astro apaixonado,
mas hoje ele me reprova.
Depois, quando fiquei cheia
ele ainda me amou,
mas depois que eu pari
a coisa toda mudou,
pois meu filho, o meteorito,
na terra teve um atrito
e, coitado, se acabou.
Quando isso aconteceu
eu fiquei muito doente,
fiquei triste, com crateras,
emagreci de repente;
com o corpo definhando
fui secando, fui secando
e findei quarto crescente.
Você olhe para mim
e veja bem meu estado,
e diga onde é que vou
arranjar um namorado?
Já não consego sorrir,
dá vontade de sumir
por esse céu estrelado.
A estrela disse: Lua,
procure ter alegria,
você tem que procurar
uma nova companhia;
ouça o que vou dizer:
antes do amanhecer
abraçe e beije o dia.
Ela seguiu o conselho
da sua estrela amiga,
entretanto, o astro sol
vive procurando briga:
lança raios, em baixaria,
esconde ela do dia
e trata como inimiga.
A lua brigou com o sol,
o sol brigou com a lua,
porque ela viu o sol
abraçando a noite nua;
a lua muito sofreu
pensou muito e resolveu
morar sozinha na rua.
Quando a tarde vai sumindo
a lua fica a olhar,
a noite correr ligeiro
para o sol abraçar;
a lua enciumada
fica bastante irritada
e sai para passear.
Ela vaga pelo céu
no meio da escuridão,
sem ter com quem conversar,
sofrendo na solidão;
somente uma estrela,
que fica triste ao vê-la,
é que lhe dá atenção.
A estrela lhe pergunta:
Por que sofres tanto assim?
Por que você não se abre
e conta tudo pra mim?
Quem sabe se eu não posso
achar no sistema nosso
pro seu sofrimento um fim?
A lua olhou pra estrela
viu de amizade uma prova
e disse: Voce se lembra
quando eu era lua nova?
O sol vivia ao meu lado,
um astro apaixonado,
mas hoje ele me reprova.
Depois, quando fiquei cheia
ele ainda me amou,
mas depois que eu pari
a coisa toda mudou,
pois meu filho, o meteorito,
na terra teve um atrito
e, coitado, se acabou.
Quando isso aconteceu
eu fiquei muito doente,
fiquei triste, com crateras,
emagreci de repente;
com o corpo definhando
fui secando, fui secando
e findei quarto crescente.
Você olhe para mim
e veja bem meu estado,
e diga onde é que vou
arranjar um namorado?
Já não consego sorrir,
dá vontade de sumir
por esse céu estrelado.
A estrela disse: Lua,
procure ter alegria,
você tem que procurar
uma nova companhia;
ouça o que vou dizer:
antes do amanhecer
abraçe e beije o dia.
Ela seguiu o conselho
da sua estrela amiga,
entretanto, o astro sol
vive procurando briga:
lança raios, em baixaria,
esconde ela do dia
e trata como inimiga.