EU NUNCA INVENTEI NADA!

Obs: Comentário deixado na página da Hull de la Fuente,

referente ao texto "Meu mano inventadô".

Meu Dêuzo, o qui eu faço

Eu num tênhu adevogado

A vida tá um imbaráço

É fofóca pra tôdu ládo

Uma mi viu lá na prisão

Ôtra, agarrádo cum negão

Eu tô mermo é compricado!

Tô pagâno munto caro

Pôr ser um cabra bunitim

Muntas pinga elas tomáro

Pra comentá coizas ruim

Os dia que paçêi na prisão

Foi purquê num paguei penção

Qui uma véia cobrô de mim!

Mirah mi viu cum máxo

Dissi qui é um grândi negão

Qui êle falou qui é meu caxo

E num quiria persiguição

É um sigurança particulá

Pois tênho qui mi cuidá

Pra elas num tirá meu carção!

Elas xâma de Jacinta

A véia que mandô mi prendê

Já paçô dos cênto e trinta

E cumigo resorvêu se metê

Ingravidô no ano paçádo

Têve gêmios mêis retrazádo

E pensão ela quis recebê!

Milla me mandô uma cana

Tomei e assustêi a vizinha

É uma véia de nome Ana

Qui mora pérto, sozinha

Fiquei com meu bilau doidão

Aí eu perdi tôda noção

Vendo essa véia sem carcinha!

A Hull de la Fuente formoza

Tá indo na água da Mirah

Puetiza minêra e munto próza

Qui os pôntu num qué intregá

Ela é pur eu apaxonáda

Maiz, como num cunsegue nada

Então-se vévi a mi difamá!

Máiz, eu vô pra Jiz de Fóra

E sem ninguem mermo isperá

Vô atendê a essa sinhora

Qui é lôca pra mi amá

A Milla Perêra vai sabê

Se côiza séria acuntecê

Em Minas, eu percizá cazá!

Um beijão pra todas as minhas amigas poetisas.

Pedrinho Goltara
Enviado por Pedrinho Goltara em 24/06/2010
Código do texto: T2338959