Minha vida é lunática.

Autor: Daniel Fiúza

08/09/2006

A montanha ainda pesa

Nesse meu ombro sofrido

Muito mais que minha reza

Sem nada ter ofendido

Essa minha penitência

Acaba-se na urgência

Do que tenho pretendido.

Deixo amigo ofendido

Por ter diversas razões

Sem nunca ter escolhido

Nem feito declarações,

Mas nada nunca espero,

Pois eu sei que sou um mero

Dentro dessas convenções.

Pensando com meus botões

Tentando entender o fato

Perco-me nas intenções

Eu sinto a falta de tato

Perseguindo minha sorte

Desde que sai do norte

Se apanhar também bato.

Sem um destino sensato

Eu fico na encruzilhada

Tantos amigos acato

Na amizade tão amada

Não consigo entender

Às vezes nem posso crer

Porque enfrento a parada.

Minha vida é complicada

Eu sou muito sonhador

Cheio no conto de fada

E acredito no amor,

Mas perco a felicidade

Quando a tristeza me invade

Nesse meu complicador.

O meu ego é meu senhor

Percebendo a frieza

Do nada que terminou

Senti na mente a certeza

Que o mundo é mesmo assim

Começo, meio e fim!

Na seleção da pureza.

Só vale o que tá mesa

O que aparenta é diz

Não se força a natureza

Pra ter o amigo feliz

Nada é definitivo

Todo mundo tem motivo

Nas desculpas que condiz.

Quando eu estou por um triz

Dentro duma problemática

Foi por tudo que não fiz

Quando errei minha tática

Nada tenho pra trocar

E muito pouco pra dar

A minha vida é lunática.

Domfiuza
Enviado por Domfiuza em 08/09/2006
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