NOSSA AMAZÔNIA.

Amazônia tropical,
Clima equatorial,
Um tesouro sem rival,
Cobiçado paraíso,
Floresta de verde vida,
Por tantos desprotegida,
Clamar por ti eu preciso.

Tens matas em quantidade,
Na beleza és majestade,
Quem te ver sente saudade,
Partindo ao te deixar,
Verdejante imensidão,
Um gigantesco pulmão,
Purificador do ar.

Amazônia tão amada,
De florestas bem formadas,
Razão de ser cobiçada,
Pros nativos certa receita,
Milhões de espécies vegetais,
Berço de muitos animais,
É o pulmão do planeta.

Os teus rios grandes veias,
Que formam enormes teias,
Em suas águas enxameiam,
Peixes em grandes quantidades,
Preservar-te é o nosso lema,
Esse grande ecossistema,
Insônia da humanidade.

Floresta dos igapós,
Árvores grossas e cipós,
Parece-me ouvir-te a voz,
Em um socorro apressado,
Por sentires está perdendo,
Os teus biomas morrendo,
Em compasso acelerado.

Nas matas de terra firme,
Onde mais o homem agride,
Um fato que coincide,
Com extração de madeiras,
Pra todas as regiões,
Em clandestinas extrações,
Lindas árvores altaneiras.

Na riqueza florestal,
De tesouro colossal,
A beleza original,
Sofre a ação destruidora,
Com tanta devastação,
Pelo homem em sua ação,
Da ganância sedutora.

Aos olhos de todo o mundo,
Os teus regaços profundos,
Nos biomas oriundos,
De encantos e belezas,
Aos poucos estão morrendo,
No progresso perecendo,
Nossa linda natureza.

Fico triste quando vejo,
A ganância e o desejo,
Comemoram em festejos,
Em tamanha destruição,
Todo o ambiente chora,
Com a destruição da flora,
Corta-me o coração.

Madeiras de toda espécies,
Das matas desaparece,
O seu solo empobrece,
E em deserto se tornando,
E todo o meio ambiente,
A mercê inconseqüente,
Do homem seu ser tirano.

Por causa dessa extração,
De pastagens em extensão,
A horrenda obsessão,
Do assassino progresso,
O verde vai se acabando,
Os mananciais secando,
No capitalismo emerso.

Sua fauna grandiosa,
Espécies maravilhosas,
A traficância desonrosa,
Pra diferentes destinos,
Nessa ambição exagerada,
Nossas aves são levadas,
Em mercados clandestinos.

Árvores de séculos de vida,
Estão sendo consumidas,
Para o estrangeiro vendidas,
Virando móveis e mansões,
Com destinos da Europa,
A maioria sem notas,
Nas grandes embarcações.

Foi assim na exploração,
Na nossa colonização,
Com a grande navegação.
Numa ação covarde e vil,
A Europa se abarrotou,
Das riquezas que levou,
Dizimando o Pau-Brasil.

Seu natural centenário,
Que muito é necessário,
Na ação de mercenários,
São levados em quantias,
Enchendo muitos mercados,
Muitas vezes transportados,
Por meio de notas frias.

Seus rios sofrem prejuízos,
Na desculpa de turismo,
Reina o tal capitalismo,
Pelo ramo hoteleiro,
Com isso vão-se aos poucos,
Afastando-se os caboclos,
Seus amantes verdadeiros.

A grande sumaumeira,
A conhecida Paineira,
Uma macia madeira,
Tem o fim determinado,
Pela renda promissora,
Sofrem nas laminadoras,
Em fábricas de compensados.

Castanheiras em quantias,
Vão virando moradias,
Clandestinas serrarias,
Criminosas escondidas,
E o fruto tão cobiçado,
Vai sumindo dos mercados,
Na devastação bandida.

O Mogno e a Cerejeira,
Jacarandá e Embireira,
São cobiçadas madeiras,
Pra móveis e embarcação,
No seio de nossas terras,
Nas lâminas dos motos-serra,
Corre o risco de extinção.

Os incêndios inclementes,
Vão matando totalmente,
Animais e ambiente,
Nas reservas naturais,
E a cortina de fumaça,
A todos os olhos embaçam,
Só tristeza e nada mais.

É o grito e o pranto,
Da floresta em cada canto,
Dessas matas verde manto,
Mossa Amazônia Legal,
Que se cobre de tristeza,
Por ver que sua riqueza,
Vai se acabando afinal.

Temo que nossa Amazônia,
Que do mundo é insônia,
Com essas ações errôneas,
Santuário de honras e glorias,
Seja no futuro ausente,
Para nossos descendentes,
Tudo isso aqui presente,
Vire unicamente história.

17/08/2010.
CBPOESIAS
Enviado por CBPOESIAS em 17/08/2010
Reeditado em 18/09/2010
Código do texto: T2443005
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.