DIFERENTES AMORES


Eu ainda era uma criança
E já ouvia minha mãe falar:
Quem espera sempre alcança
E quem ama sabe perdoar
Cresci e vi tudo mudado:
Vi o “amor” sendo execrado
E muitos deixando de amar

Nesse amor à moda nova
Que nós estamos vivendo
Se um deles desaprova
O que o outro está fazendo
Pouco diálogo é utilizado
E se tiver um “esquentado”
É o todo que sai perdendo

No amor à moda antiga
Nos tempos do meu avô
Ali também havia briga
Mas pouca gente descasou
O homem era mais prudente
Lá, gente gostava de gente
Mas hoje, “isso” acabou...

Parece até que os “amores”
Já estão meio globalizados
Sumiram os buquês de flores,
os amantes apaixonados...
Até o cortejo mudou de foco
Ora ele se opera “in loco”
E com o “aval” dos namorados

Há uma maneira de se “ficar”
Mas não se fica com ninguém
Fica-se aqui e depois acolá
E o dois sempre ficam sem...
Vão saindo e/ou vão ficando
Às vezes, até se revezando
Achando e deixando alguém

O amor vive meio “errante”
Sem rumo certo e/ou sabido
Por vezes, meio extravagante
Nem se vale mais do Cupido...
Tem hábitos de adolescente
E se não é um ser renitente
É audacioso e/ou atrevido

Esse amor que existe agora
Tem suas razões p'ra "ficar"
Mandou a pureza ir embora
E pôs a prática em seu lugar
E se ninguém é de ninguém
Tanto faz ter como ficar sem
Não há o que se questionar.