Mulheres castanhas

Quero em minha poesia

começar uma campanha

pra defender o encanto

que há na mulher castanha

em versos salientando

sua beleza tamanha

Ninguém chama uma rosa

de tulipa ou açucena

nem também a margarida

é chamada de verbena

assim não chame a castanha

de loira nem de morena

Eu admiro a mulata

e a loira é atraente

a morena e a ruiva

tem beleza certamente

mas o charme da castanha

é de todas diferente

Quando as suas madeixas

ficam soltas na aragem

como se fosse a braúna

balançando a folhagem

vejo mais beleza nela

do que em toda paisagem

Cada cor tem um lugar

pra cumprir o seu mister

O verde é na esmeralda

Na alva é o rosicler

o vermelho numa flor

e o castanho na mulher

Num cavalo alazão

o castanho é supino

Na madeira e no mel

seu fulgor é genuíno

Mas encontra a perfeição

no encanto feminino

Seja curto ou comprido

indo até os cotovelos

seja preso, seja solto

e penteado com zelos

o castanho é uma cor

que ilumina os cabelos

Os cabelos da mulher

emolduram o seu rosto

e no castanho intenso

seu encanto fica exposto

De elegância e vigor

esse matiz é composto

Hoje a cor natural

que predominava antes

deu lugar para madeixas

de cores extravagantes

Mas com isso as mulheres

não ficam mais elegantes

Pra você que é castanha

de esplendores repleta

peço agora que atenda

o apelo de um poeta:

não esconda a beleza

da minha cor predileta

Carlos Alê
Enviado por Carlos Alê em 06/09/2010
Reeditado em 12/12/2011
Código do texto: T2481274
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