Comentário com algumas modificações que deixei para o texto: MINHA TÉRRA NUM TEM PARMÊRAS, MAI, COITÁDU, INDA CÂNTA U SABIÁ! (T2436735)
Do poeta e amigo:
Catulo



SABIÁ SEM TETU
 



Quanu ao lê essa história
Da ave sem moradia
Veio tudo à memória
Cuma uma alegoria
Do homi mau, imprudenti,
Que feiz as ave inucenti
Vivê hoji na agunia.
 
Meu bom cumpadi Catulu
O Brasil tá sem parmêra
Essa coisa eu num ingulu
Os homi só faiz asnêra
Pranta cana di montão
Dispois taca um fogão
Vira aquela disgracêra.
 
Na sua terra sem parmera
Inda inzesti o sabiá
E os homi qui faiz bestêra
Para a vida piorá
Si foi prumodi da inxenti
Qui cortarum as inocenti
Elis vão tê qui ixplicá.
 
Desdi quanu uma parmera
nascida tão natural
Vem sofrenu as disgracêra
Modi dos canavial
Os homi qui  sem piedadi
dirruba cum tar mardadi
Vão pru infernu ispicial.
 
Tenho dó du sabiá
Qui viró ave urbana
Pur num tê ondi morá
U bichim nem chupa cana
Vevi juntu cuns pardal
Na baruiera infernal
Come sobra dos bacana.
 
Meu cumpadi, fiquei cum pena do sabiá.
Beijus pra vosmicê,
Hull





As interações são sempre benvidas:


 
Purisso em minha rua,
O sabiá fez sua morada...
Foi a terra dismatada,
Qui a pôs de alma nua.
 
Jacó Filho

Obrigada, amigo Jacó.




U sabiá das parmêra
No quintá di minha casa
Canta a noiti intera
I seu cantu mi arrasa
È um cantu di sodádi
Da tristeza qui u invadi
N'osênça da cumpanhêra!
 
Sua ispoza partiu
Nu meiu da madrugada
I u sabiá num viu
Pr'ondi foi a sua amada
Disséru qui foi paxão
Pelo sabiá irmão
Ela foi iscravizada
 
Dispois tomêm vêi u ômi
Terminá a devastação
A solidão lhi consômi
I lhi aperta u coração
Dá tristeza vê as mata
Qui êli distrói i num trata
Nem di sua prantação!
 

Parabéns, maninha, por esse belo cordel de alerta. Li o de Catulo e fiquei emocionada, tb.

Beijos,

Milla


Mana Milla,
Muito obrigada por essa bela interação. Não subi esta interação ontem por conta da demora em abrir minha página. Desliguei o computador e fui pra vigília na minha igreja.
Beijos,
Ulli
 


 
Com tanta coisa nesse mundo virado de cabeça pra baixo sobrou até pro coitado do sabiá. Fico com pena dele e também de toda a bicharada que pelos desmandos do bicho homem, hoje se encontra por aí, jogada à sorte, sem ter escolha, com seu habitat totalmente devastado.

Texto lindo, que vale como reflexão sobre os problemas ambientais do Planeta.


Abraço,

Marina Alves





Inzéste muntos tipo de sabiá
Os da mata, da praia e laranjêra
Bícu de Lôça tomêm há
E os que véve nas parmêra
Aqui,tem um sabiá coquêro
Que canta de desespero
Pur fárta da companhêra!
 
Bravo, Ulli,minha maninha poetisa.
Bravo, véi Catulo, meu amigo e poeta do roçado.
 
Pedrinho Goltara
 
 


Mecê viu qui u sabiá
Nunca néga a belezura,
Mermo tristi vai cantá
A meludía tão pura!
 
É um cantu tão bunitu,
Méxi lá nu coração.
Êli cânta prá ispantá
Tuda nóssa solidão!
 
Bração, maninha, cum chêro di erva-cidrêra!
 
Catulo


Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 16/09/2010
Reeditado em 20/09/2010
Código do texto: T2501572
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