Cantando as Palavras

I.

Vou acelerar as palavras

Pingando cada uma letrinha

Direi num jeito eloquente

Igual música de uma criancinha

Vou cantar uma vontade

Num jeito sem ter maldade

Fazendo como lembrancinha

II.

Vou rememorar o passado

Mostrando como é que se faz

De todo menino e menina

Que já quis ser capataz!

Mas vou mansinho-devagar

Com letras igual falar

Não ficando ninguém pra traz!

III.

Vou indicar encima do teto

Enfeitando pertinho do céu

Olhando todas as nuvens

Como poesia num papel

Vai ser um fantasiar

Mostrado por este cantar

Iguaria d'um menestrel!

IV.

Vou parar de só brigar

Com aquela reencarnação

Agora eu quero mesmo

É mudar minha expressão

Serei sempre um poeta

Direi pra filho e pra neta

O que é a entonação!

IV.

Usarei mais palavras

Mudando o vocabulário

Deixarei de ser lógico

E menos ainda hilário!

Indicarei sem ter pressa

Essa, que é nova promessa!

E que em nada é salafrário!

IV.

Viverei a nova poesia

Sendo agora o meu viver

Vou cantar e musicar

Nesse novo anoitecer!

O sono será divino

Transformado agora em hino

E que eu faço é renascer!

V.

Se ser poeta é ser assim

Não serei qualquer cristão

Farei uma nova frase

Agora sem palavrão!

São palavras amorosas

Distintas e milagrosas

Que virão do coração!

VI.

Eu cantando com um bom tom

Numa força nordestina

Fazendo sempre a graça

Igual mulher que é fina!

Assim haverá um amor

Força e ditos com valor

E isso não é mais a sina!

arrab xela
Enviado por arrab xela em 14/10/2010
Reeditado em 15/10/2010
Código do texto: T2556801
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