O POETA QUE ACORDOU DE SUPETÃO – 18 versos
Dias atrás me convidaram, para uma viagem fazer
Perguntei a afinidade, não souberam me responder
Deixei pra dar a resposta, quando viesse a saber!
Na manhã do outro dia, recebi uma visita
De uma jovem senhora, com aparência de rica
Queria me contratar, para ser seu motorista.
Perguntei-lhe para onde, eu a iria levar
No momento ela não soube, sobre aquilo me falar
Assim pedi algum tempo, para a resposta lhe dar!
Na tarde daquele dia, encontrei um amigo meu
Me ofertou um emprego, num mercado que era seu
Na hora não combinamos, no que ele ofereceu!
Ele ficou insistindo, pra com ele eu trabalhar
Porém eu pedi um tempo, pra naquilo eu pensar
Pois minha desconfiança, me pedia pra esperar!
Fui à casa do meu pai, onde encontrei meu irmão
Que ia sair de viagem, em seu grande caminhão
Me convidou pra ir junto, pois ia pra São Simão!
Ele ficara sabendo, que eu tinha necessidade
De realizar umas vendas, naquela localidade
Assim se eu fosse com ele, seria uma comodidade
Mas eu continuava, tendo aquela anomalia
Desconfiava de tudo, que alguém me oferecia
Mesmo sendo meu irmão, pedi o tempo de um dia!
Mas o fato é que ele, iria de madrugada
Assim ficou a oferta, pra na noite ser pensada
De eu seguir com ele, ou desistir da parada!
Mas no meio daquela noite, eu tive uma visão
Um anjo apareceu, e estendeu-me sua mão
Dizendo venha comigo, e não queira dizer não!
Eu já enjeitara todas, as coisas oferecidas
Mas a daquele anjo, era referente à vida
Se eu partisse com ele, ficava livre da lida
Estendi-lhe minha mão, e ali nos dois subimos
Cada instante mais alto, no espaço prosseguindo
Até chegarmos ao um jardim, lugar florido e lindo!
A primeira flor que vi, foi a rosa num clarão
Ao me aproximar com o anjo, ele me disse então:
Eis a flor feiticeira, que fez sofrer teu coração!
No momento eu me vi, em um cravo transformado
E fiquei perto da rosa, da qual eu fora gamado
Nos dois no mesmo jardim, onde não havia finado!
Num epílogo final, neste versinho composto
Eu digo que minhas dúvidas, me deram um grande gosto
Pois se eu tivesse aceitado, perderia aquele posto!
O meu corpo foi na terra, no outro dia enterrado
Mas meu ser subiu ao céu, um jardim abençoado
Onde a flor feiticeira, me esperava ver ao seu lado!
Foi-se a vida de um poeta, para outra dimensão
Onde encontrou a flor, que fora sua paixão
Pena que foi um sonho, que o acordou de supetão!
Sofram poetas, sofrem, mas um dia vós vereis
Vossos sonhos realizados, e felizes vós sereis
No jardim da eternidade, entre flores vivereis!