NAS TREVAS E NA LUZ.
De Manoel Lúcio de Medeiros.
Nas luzes eu vejo a fonte,
Da vida a me convidar,
E um sol que ilumina,
Noite e dia sem cessar!
Um claro que nunca apaga,
Um raio que brilha a luz,
Um fogo vivo que acende
Num horizonte que prende.
Nas trevas vejo o escuro,
Perde-se na escuridão,
Eu vejo que dentro daquilo,
Só existe a perdição,
No escuro se esconde,
Os males que dão plantão,
Ferindo todos os homens,
Negando sempre o perdão!
Nas trevas vejo a morte,
Recebendo o seu castigo,
Punindo o ser com dores,
Gerando o inimigo,
Sem ter dó ou piedade,
Sem socorro na cidade,
Quem vence é a maldade,
E o bem, pra trás ficando!
Na luz vejo a esperança,
Estrela sempre a brilhar
A uma paz serena e santa,
E a hora sem vacilar,
Vejo no norte um abrigo,
No sul confiança eu pus,
Tudo de bom que eu viso,
Vou só encontrar na luz!
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