Entre a Mata e a Caatinga

Entre a mata e a caatinga
Fica o meu lindo rincão
Jequié,terra querida
Um pedaço desta Nação
Com o seu calor escaldante
De repente,num instante
Faz doer meu coração.

Doer de tanta saudade
Dos velhos tempos serenos
A família toda unida
Nós éramos,então, pequenos
As ruas eram quietinhas
Nós brincávamos às tardinhas
Os brinquedos eram amenos.

Hoje há tanta barulheira
Não se pode mais andar
Pelas ruas em segurança
Sem a gente se assustar
As motos tomaram conta
Da cidade...ponta a ponta
E chegaram, pra ficar.

As drogas também vieram
Aos poucos,devagarinho
A pinga e a cocaína
O crack e o baseadinho
A violência assolou
A cidade se transmutou
Não reconheço o meu ninho.

Entre a mata e a caatinga
Oh! minha cidade natal
Por que será qu'os homens
Se comprazem com o mal
Sem pensar na consequência
Insultaram  a inocência
E da vida, não têm o aval.

Entre a mata e a caatinga
Doce terra brasileira
Um pedacinho no mapa
Tão pequenina e faceira
Amiga e acolhedora
Responde-me ó professora
Serei eu uma catingueira?

Serei, o que tu quiseres
Não importa como chamem
O que pensem, o que digam
Ou mesmo o que proclamem
Se da mata...eu sou mateira
Se caatinga...caatingueira
Brasileira. - E não reclamem!


bjs,soninha


 
Sônia Maria Cidreira de Farias
Enviado por Sônia Maria Cidreira de Farias em 01/12/2010
Reeditado em 27/04/2015
Código do texto: T2648379
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