CONTOS ENCANTADOS EM CORDEL: CHAPEUZINHO VERMELHO

Lindas crianças

Prestem muita atenção

Chegou a hora da história

Vou fazer a contação

Deste conto que faz parte

De nossa tradição

É de chapeuzinho vermelho

A história que vou contar

Um capuz vermelho

Gostava de usar

E seu nome verdadeiro

Ninguém sabe precisar

Ela ficou conhecida

Por seu apelido

Sei que você tem um

Se não tiver eu duvido

Devemos apelidar

Sempre no bom sentido

Chapeuzinho Vermelho

Vivia contente a brincar

Morava com a mamãe

Num distante lugar

E de vez em quando

A vovó ela ia visitar

Quando Chapeuzinho soube

Que a vovó adoeceu

Ela ficou preocupada

Logo entristeceu

Ficou paralisada

E sua voz emudeceu

A mamãe de Chapeuzinho

Começou a acalmar

É só um mal estar

Isso logo vai passar

Eu vou fazer uns bolinhos

E você irá levar

Com essas palavras

Chapeuzinho se animou

Pegou seu lenço

E a lágrima enxugou

Arrumou tudo no cesto

E então se destinou

Antes de sair

Uma recomendação

Ande sempre na espreita

Preste muita atenção

Existe um lobo escondido

Querendo refeição

E então Chapeuzinho

Seguiu o seu caminho

Cantando pela floresta

Ouvindo som de passarinho

Achava bonito olhar

João de barro em seu ninho

E pela floresta

Andou tranqüilamente

Quando menos esperou

Viu o lobo em sua frente

A menina perdeu a cor

Ficou logo transparente

O lobo foi esperto

E não quis lhe assustar

Fingiu-se de bom moço

Para poder disfarçar

Fez então muitas perguntas

Para poder se aproximar

Na conversa do lobo

Chapeuzinho acreditou

E as informações

Para o lobo repassou

Deixou a vovó em perigo

Que a ela devorou

Lá casa da Vovó

O lobo chegou primeiro

Engoliu a vovozinha

E pegou todo o dinheiro

Vestiu as roupas da vovó

Fez um plano traiçoeiro

Depois de muito tempo

Chapeuzinho então chegou

Bateu a porta com força

E o lobo então falou

Eu estava te esperando

Que bom que você chegou

Ao ouvir aquela voz

Chapéu achou bem diferente

Não parecia a da vovó

Achou muito estridente

Chapéu sentiu medo

Sentiu-se impotente

Foi então que ao lobo

Chapéu foi questionar

Que olhos tão grandes

Estavam a lhe fitar?

O lobo respondeu

São somente para te olhar

Chapeuzinho estranhou

Aquele enorme nariz

O lobo disfarçou

Seu cheiro me faz feliz

Uma mentira atrás da outra

O lobo sempre diz

Quando Chapeuzinho

Insistiu em questionar

Para que a boca tão grande?

Que era de assustar

O lobo então respondeu

É que eu vou te devorar!

E o lobo sem piedade

A menina engoliu

Engoliu por inteiro

Nem se quer a digeriu

E com a barriga bem cheia

O lobo então dormiu

O lobo caiu no sono

Tinha um ronco assustador

Pela casa da vovó

Ia passando um lenhador

Preocupado com a vovó

Encontrou o invasor

Procurou a vovó

E não lhe encontrou

Que a tinha devorado

Ele logo suspeitou

E uma forte machadada

No lobo ele lançou

Com esse golpe forte

A barriga do lobo se abriu

E de dentro dela

A vovó então saiu

E depois a Chapeuzinho

Foi assim que se seguiu

Chapeuzinho e vovó

Ficaram agradecidas

Se não fosse o caçador

Elas estariam perdidas

Foi esse trabalhador

Que salvou as suas vidas

Mesmo com a barriga aberta

O lobo continuava a dormir

O caçador quis castigá-lo

Para vê-lo se redimir

Encheu sua barriga de pedras

Para o peso ele sentir

Foi beber água no riacho

O lobo quando acordou

Com o peso das pedras

O lobo despencou

Foi então se afogando

E ninguém o ajudou

Agora nossa história

Chega ao seu final

Sírlia Lima se despede

De forma tradicional

Obrigada e até logo!

Que leitor sensacional!

Sírlia Lima
Enviado por Sírlia Lima em 02/03/2011
Reeditado em 07/01/2019
Código do texto: T2824427
Classificação de conteúdo: seguro
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