AMANHECER

(Decima)

Madrugada num pesqueiro

Falava eu dum clarão

Que chamou minha atenção

Me arrepiou por inteiro

Se acendeu feito um braseiro

E trovejou qual trovão

Em noite de assombração

Daquelas que o vô contava

E a criançada escutava

Em suspensa respiração

Mornamente amanhecia

De novo tudo se acalma

Pra encomendar a minh'alma

Eu rezava Ave Maria

Pois os mistérios deste dia

Trouxe à tona os meus medos

Não atinava os segredos

Que se escondia por trás

Daquele evento fugaz

Que me tornou seu brinquedo

Amanhece na cidade

Amanhece aqui na roça

Faz o café sinhá moça

O Sol traz a claridade

Galo canta por bondade

Chamando pros afazeres

A desfolhar mal-me-queres

Poeta canta seu verso

Agradecendo o Universo

Por nos brindar seus saberes.

E eu ainda atônito

Passos lentos caminhava

Ofegante respirava

E o cunhado sardônico

Se ria de mim bem irônico

Pois nada tinha a temer

Era de tanto beber

Aquela falsa visão

Merlhor ver televisão

E de tudo se esquecer!

Mais uma vez a gentil interação do grande poeta Miguel Jacó.

Grato por engrandecer minha página de aprendiz!

A caridade é bem vinda

Nunca sejamos incapaz

Para não pegar berlinda

Nas coisas de satanás

Pois a coisa de universo

Pode haver um retrocesso

Bombardeando a pessoa

Que teve uma má conduta

Priorizando a disputa

Em busca de vida boa

Miguel Jacó

Pedro Gonzalez
Enviado por Pedro Gonzalez em 24/03/2011
Reeditado em 25/03/2011
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