QUANDO DURMO AO TEU LADO.

Manoel Lúcio de Medeiros.

Fortaleza, 11 de Março de 2004.

1

Quando durmo ao teu lado,

Sempre encontro o nosso leito,

Perfumado por aromas,

Que me deixam satisfeito,

Isto me faz sempre crer,

Que este amor tem o poder,

De senti-lo com respeito!

2

Quando durmo ao teu lado,

Eu te encosto ao meu peito,

Sinto logo o teu aroma,

De flores que me deleito,

E neste ar de amor,

Deito-me na nossa cama,

E eu durmo no amor,

Da mulher que só me ama!

3

Quando durmo ao teu lado,

Teu amor me faz nutrir,

Quero ficar acordado,

E aos teus lábios seduzir,

Quero matar os meus desejos,

Afagá-la com meus beijos

E a saudade abduzir.

4

Sempre acho nossa cama,

Adornada de tecidos,

De desenhos coloridos,

Com suas flores multicores,

Tudo isto são fatores,

Que provém de grande amor,

Aumentando seu dulçor!

5

Quando durmo ao teu lado,

Nosso quarto me encanta,

Limpo, lavado, cheiroso,

Só me faz ser carinhoso,

Pois em tudo que me cativa,

Em tudo és compreensiva,

Teu cuidado só me ama!

6

Quando durmo ao teu lado,

Tudo é calmo, é tranqüilo,

Teu corpo sempre ao meu lado,

Com a pele que aspiro,

É o amor que eu respiro,

Que me faz ser tão feliz,

Sem jamais perder o giro!

7

Tens o perfume das rosas,

Suave que me encanta,

Teu corpo macio e meigo,

Parece ser uma santa!

Tens cabelos são tão lisos,

São mais pretos que a graúna,

Tem um fogo que me arruma!

8

Quando beijo o teu rosto,

Sinto meu tato explodir,

Nesta tua meiga pele,

Eu desejo então subir!

Quando fito os teus olhos,

Tão lindos como os abrolhos,

Sinto teu amor florir.

9

Quando cheiro os teus cílios,

Foge-me até o sono!

És o meu jardim de amor,

Quero ser o teu colono,

Pra dar-te o meu calor,

Banhar-te no meu vapor,

Faze-me um rei no trono!

10

Quando durmo ao teu lado,

Encosto meu peito ao teu,

Eu sinto ser a muralha,

Que de amor te protegeu,

Então beijo a tua boca,

E te vejo muito louca,

Chegando ao apogeu!

11

E neste momento eu sinto,

Dançarmos no mesmo tom!

Eu pertinho dos teus passos,

Sem nunca ter embaraço,

Sem perder o nosso som,

Mexendo na mesma ordem,

Nossas vidas se explodem.

12

Quando durmo ao teu lado,

Recebo tantas carícias,

Que nem mesmo o melhor fruto,

Da terra tem a delícia!

Este teu suave abraço,

Traz amor ao meu espaço,

No prazer desta felícia.

13

Quando durmo ao teu lado,

Dou-te todo o meu amor,

Dando-te todo meu cheiro,

Como se faz numa flor,

Despetalo o teu corpo,

Descobrindo o teu botão,

Contigo rolo na cama,

Amor de corpo em junção!

14

Quando durmo ao teu lado,

Faço-te todo o amor,

Cheiro-te de cima a baixo,

Transformo-te numa flor,

E te dando o meu carinho,

E afago o teu corpo,

Num encontro corpo-a-corpo!

15

Quando durmo ao teu lado,

Falo palavras de amor,

Nossa noite se transforma,

Num sonho embriagador,

De carinho e encanto,

Adormeço no teu canto,

Suave como um licor!

16

Quando durmo ao teu lado,

O meu sono é o mais leve,

Com teu corpo junto ao meu,

Eu deslizo como a neve,

Esquio-te com prazer,

Pois contigo sei viver,

O fogo que me incinera.

17

Quando durmo ao teu lado,

Aqueço-me no teu corpo,

Este teu calor me exala,

O cheiro do teu pescoço,

Sinto subir um calor,

É o cheiro deste amor,

Que me invade todo o osso!

18

Quando durmo ao teu lado,

Sou o homem mais feliz,

Nada é melhor nesta vida,

Que ter uma diretriz,

A mulher é como rosa,

Pode ter os seus espinhos,

Mas pra sempre é preciosa!

19

Quando durmo ao teu lado,

Aqueço-me em teu calor,

Então durmo neste fogo,

O incêndio deste amor,

A melhor coisa do mundo,

É sentir um amor profundo,

No cio deste vigor!

20

Quando durmo ao teu lado,

Sou o homem mais feliz,

Contigo na minha vida,

Minha boca só bendiz,

Quem deita na cama e ama,

Do amor desfruta a fama,

Da mulher, fica aprendiz!

21

Quando durmo ao teu lado

Eu aprendo uma lição,

A mulher que Deus concede,

É benção no coração,

Quando é Deus que nos une,

Tornamos até imune,

De toda a maldição!

22

Quando durmo ao teu lado,

Olho ao céu e agradeço,

A mulher que Deus me deu,

Neste mundo não tem preço,

Pode vir outro amor,

Tentar me tirar do eixo,

Mas minha mulher não deixo!

23

Quando durmo ao teu lado,

Eu recito poesia,

Eu te falo tudo em verso,

O amor tudo é que cria,

Sou um pássaro que voa,

Por altos, montes, lagoa,

Num amor que não esfria.

24

Quando durmo ao teu lado,

Penso até nos meus projetos,

Organizo os meus planos,

Torno-me num arquiteto,

O amor tudo inspira,

Quem ama amou respira,

Tem um alvo sempre certo.

25

Quando durmo ao teu lado,

Sinto estar em um jardim,

Teu amor como uma flor,

Desabrochando em mim,

Tudo é um paraíso,

Perco-me no teu sorriso,

Neste amor que não tem fim.

Direitos autorais reservados.

Malume
Enviado por Malume em 10/11/2006
Código do texto: T287362