EU VIVO PRESO AO PASSADO SEM PODER ANDAR PRA FRENTE

Eu vivo preso ao passado

Sem poder andar pra frente

Vale a pena ver de novo?

Eu vivo nesse conflito!

Meu passado é infinito

O presente não aprovo

Nas lembranças eu renovo

Meu desejo bem latente

Como um sol lá no poente

Despedindo do reinado

Eu vivo preso ao passado

Sem poder andar pra frente

Tanto tempo pra viver

Muitas noites a sonhar

E eu só a recordar

Nem eu sei mesmo por quê

O tempo me fez sofrer

Me deixou "algo" doente

Como uma estrela cadente

Rompendo o céu estrelado

Eu vivo preso ao passado

Sem poder andar pra frente

Glosa abaixo do Nobre poeta Carlos Alê:

Eu queria as alegrias

que tive nos tempos idos

Hoje meus dias sofridos

não são como aqueles dias

Meu navio de nostalgias

ancorado na saudade

me traz a dificuldade

de encarar o presente

São elos de uma corrente

cada momento lembrado

Vivo preso ao passado

sem poder andar pra frente

Boa glosa do grande Mestre Ademar Alves, abaixo:

Ontem a noite sonhei

No altar de uma capela

Botando no dedo dela

A aliança que comprei

Depois que me acordei

Eu estou muito contente

Porque sinto em minha mente

O sonho realizado

Eu estou preso ao passado

Sem poder andar pra frente.

Toda noite na dormida

Fico me lembrando dela

Que foi a mulher mais bela

Que já vi na minha vida

Depois da sua partida

Sou um homem diferente

Se aparece pretendente

Informo que sou casado

Eu vivo preso ao passado

Sem poder andar pra frente.

Convido os nobres poetas recantistas a desenvolverem esse mote comigo que acrescentarei no cordel com muita honra!

Poeta de Branco
Enviado por Poeta de Branco em 15/04/2011
Reeditado em 16/04/2011
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