LENDAS BRASILEIRAS: O BARBA RUIVA

Alô povo brasileiro

Preste muita atenção

Vou contar mais uma lenda

E fazer evocação

A cultura brasileira

Repleta de tradição

Desde o século dezenove

Já se ouve falar

O que aconteceu lá nas margens

Do lago Paranaguá

Que logo virou lagoa

Você vai se encantar

São histórias envolventes

Repletas de mistério

São de causar arrepio

Eu não brinco, falo sério

Cada lugar uma lenda

Que habita o hemisfério

Uma senhora viúva

Habitava a região

Uma de suas filhas

Sofria com depressão

Seu noivo a abandonou

Ao saber da gestação

A moça desesperada

Sem saber o que fazer

Escondia-se envergonhada

Não queria aparecer

Foi pra beira da lagoa

Bem na hora de nascer

Quando a criança nasceu

A moça pôs-se a chorar

Colocou o filho num tacho

Fazendo-o afundar

A mãe d’água não gostou

Fez o bebê flutuar

Ao ver aquela cena

Jogou uma maldição

Aquela pobre criança

Viraria assombração

Quem frequentava a lagoa

Logo via a aparição

O bebê se transformou

Num homem forte e sisudo

Era vermelha a barba

Também era cabeludo

Ele era de assustar

Tinha o corpo bem peludo

Quando ele aparecia

Gostava de atacar

Queria pegar as moças

Para abraçar e beijar

Quando via um homem

Não fitava o olhar

A lagoa encantou-se

Ouviam-se choros e vozes

De crianças chorando

E corriam bem velozes

Como se fossem forasteiros

Correndo de seus algozes

Dizem que só há uma forma

De a maldição acabar

Segurar sua cabeça

Água benta atirar

Esse é o único jeito

Pra ele desencantar

Como a fazer esse gesto

Ninguém nunca se atreveu

Continua na lagoa

Nunca desapareceu

Vem lá do Piauí

Essa lenda que aprendeu

Neste páis tão imenso

De grande população

As histórias lendárias

Ampliam nossa visão

E nos faz viajar

Pela imaginação

Está chegando a minha hora

Tenho que me despedir

Sírlia Lima vai embora

Já é hora de partir

Deixo aqui minha versão

Pra poder contribuir

Sírlia Lima
Enviado por Sírlia Lima em 24/04/2011
Reeditado em 10/07/2017
Código do texto: T2928168
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