O drama dos jogadores compulsivos

Escondido no disfarce

da diversão inocente

o vício da jogatina

tem lesado muita gente

fazendo o trabalhador

ficar pobre e doente

Cerca de quatro milhões

nessa praxe doentia

de aposta em carteado,

bicho, bingo e loteria

tem um problema que só

se agrava a cada dia

O apostador da rinha,

caça-níquel ou corrida

corroendo seus recursos

em cada aposta perdida

é desse jeito que esta

destruindo a sua vida

Também os jogos em rede

que dão esse incentivo

para jovens e adultos

tem efeito obsessivo

É o mundo promovendo

mais um drama coletivo

Quem procura distração

com os jogos virtuais

e navega a internet

jogando tempo demais

fomenta para si mesmo

prejuízos sociais

Comprovando que o jogo

produz um vício voraz

quem decide não jogar

perde o sono e a paz

Você vai saber aqui

o mal que o jogo faz

Existe pai de família

que era trabalhador

mas perdeu a honradez

devido a ser jogador

pois os jogos de azar

são um mal devastador

Um sujeito que calcula

que pode lucrar ligeiro

nem percebe que está

só repetindo o roteiro

de quem perde no final

o controle do dinheiro

Na mesa do carteado

ele aceita uma proposta

e animado pela sorte

vai dobrando a aposta

mas no lance decisivo

o azar manda a resposta

Se às vezes sai da mesa

levando dinheiro vivo

com a emoção do jogo

vai ficando compulsivo

Quando volta pra jogar

já nem sabe o motivo

Dizendo que o azar

é um risco calculado

e pensando que está

com a sorte do seu lado

vai jogando todo dia

e acaba endividado

O dependente do jogo

sofre feito um escravo

Apostando o que não tem

se não vence fica bravo

Se vence volta a jogar

perdendo cada centavo

O vício da jogatina

chega sem lhe dar aviso

Quando ele reconhece

é total o prejuízo:

já perdeu o seu emprego

a família e o juízo

Quando o salão de bingo

funcionava legalmente

o serviço de primeira

e o luxo do ambiente

eram pra impressionar

e atrair o cliente

Hoje a sala é escura

insalubre e escondida

onde jogador retorna

quando tem a recaída

somente pra lamentar

outra rodada perdida

Só aumenta o capital

do barão da jogatina

um algoz do jogador

que lhe vendo na ruína

abandona a carcaça

feito ave de rapina

Para o dono do salão

o negócio é lucrativo

mas quem fica esperando

por um lance decisivo

deixa as suas finanças

com um saldo negativo

O viciado jogando

esquece as obrigações

e ficando sem jogar

não quer outras opções

Esse flagelo funesto

já prejudica milhões

São jovens sem estudar,

empregados demitidos,

empresários competentes

que terminaram falidos

e os lares de milhões

totalmente destruídos

O povo tem que saber

que o jogo escraviza

onde perde quem não tem

ganhando quem não precisa

e o que se perde no jogo

dinheiro não indeniza

Carlos Alê
Enviado por Carlos Alê em 08/06/2011
Reeditado em 15/09/2011
Código do texto: T3022104
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