ELA LEVOU E DEIXOU

Quando ela foi-se embora

levou-me o claro do dia,

a calma da minha noite

e toda a minha alegria.

Deixou aqui: solidão

e um fardo de paixão

sobre uma cama vazia.

Deixou-me um nó na garganta,

uma vontade de chorar,

uma banda de uma foto,

que fez questão de rasgar.

Levou a minha hombridade,

também a felicidade

que morava em nosso lar.

Partindo ela deixou,

comigo aqui somente,

um corpo enfraquecido

por um coração doente,

de passar tanta tristeza

e levou toda a beleza

que tinha a vida da gente.

Ela levou sem pedir

a minha diginidade,

levou também os sonhos

que eu sonhei sem maldade,

pensando em nosso futuro

e deixou-me só o escuro

de uma prisão de saudade.

Damísio Mangueira
Enviado por Damísio Mangueira em 30/06/2011
Reeditado em 30/06/2011
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