Derivados do milho

Minha gente eu vou falar

De uma bendita espiga

Que nasce lá no roçado

E vai pra sua barriga

Seja cozido ou assado

Ele é bem vitaminado

Quem num gostar me diga.

Tem branco e amarelo

Os caroço no sabugo

Quebrado vira farelo

Se molhar eu não enxugo

É uma ótima ração

Pra dar para as criação

Mas só se for o refugo.

Uma gostosa pamonha

Seja doce ou salgada

Agente come que sonha

Que a alma fica lavada

Imaginando um bolo quente

Agora na nossa frente

A boca fica aguada.

O cuscuz e o curau

Também são seus derivados

Dá pra fazer um mingau

Do fubá industrializado

Na culinária nordestina

E nas grandes festas juninas

É sempre muito encontrado.

Munguzá ou canjicão

Eu gosto é com canela

Pode por amendoim

E encher minha tigela

Com ele dá pra pescar

Da palha da pra enrolar

Um fuminho bom com ela.

Pros porcos e pros jumentos

Dos patos e das galinhas

Ele é um bom alimento

Da pra fazer a farinha

Quando no pilão “ce” soca

Vai bem uma pipoca

Pra pegar um cineminha.

Já pensou uma polenta

Com um frango desfiado

O diabo até atenta

Me deixa angustiado

Isso parece é gula

Mas essa parte nóis pula

Pra não cometer pecado.

São tantas utilidades

Que esse grãozinho tem

Vem da roça pra cidade

De carroça ou de trem

Seja pai ou seja filho

Pra não apreciar o milho

Eu não conheço ninguém.

Edilson Biol
Enviado por Edilson Biol em 12/07/2011
Código do texto: T3090233
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