Pobre desencantado

Sou filho de mãe solteira e tenho mais seis irmãos. Fui condenado há vários anos de prisão por roubar galinha para comer. Depois de tanto sofrimento escrevi esse cordel.

Minha pobreza

Quanta grandeza coube a ti

E sem riqueza

Quanta avareza coube a mim

Nessa tristeza a dor ficou

A dor gerou nada de bom, só ilusão

Não tinha pão no meu rancho de pau

Meu drama foi geral

Vivia muito mal

Comia feijão sem sal

Sou peregrino desde criança fui ladrão

Pobre menino o pequenino de sete irmãos

E o Juventino era o mais velho

Que cuidava nós juntinhos

E a vida me trouxe pra esse lugar

Aqui vou vadear

Andar, comer, cantar

Até posso sonhar.

gilbertodetoledo
Enviado por gilbertodetoledo em 28/07/2011
Reeditado em 26/03/2019
Código do texto: T3124644
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