O Delegado e o Dentista

O Delegado e o Dentista

Um dia bem comum

De um dente que doía

Era tanta agonia

que só o delegado sabia

Sua mulher em socorro

Correu para acudir

Vem minan vamos ao dentista

Pra esse dente extrair

Faz tempo que ele dói

E você não consegue dormir

Na mão de um dentista

Essa dor vai sumir

Mão de homem em minha boca

Eu não vou permitir

Acaba logo com essa história

Porque eu vou resistir

Seu filho em agonia

Correu pra socorrer

Painho deixa de besteira

que o dentista só vai mexer

Nesse dente que incomoda

noite e dia sem parar

Ele não pretende te alisar

E sim o dente arrancar

O sargente desconfiado

Se pois a pensar

Será que sou tão covarde

Pra o dentista evitar

Mais essa história

De mão no rosto

Comigo não vai ficar

Vai tirando a mãozinha pra eu não cortar

Meu veio não se afobe

Que a hora está marcada

Lá não vai demorar

Mais a dor vai acabar

Seus dentes ele vai revisar

e o seu sorriso abrilhantar

Um homem tão bravo

Não vai se acovardar

Tomado de incentivo

Ele pois a respirar

Encheu o peito de ar

E pois a a falar

Tá bem eu já vou

Pra esse dentista examinar

O meu dente que dói

E essa agonia encerrar

Que mal faz uma anestesia

Só uma dozinha sem falar

Aliviando meu sofre

Pra o sono retornar

Chegando então o dia

Do dentista enfrentar

O delegado tão valente

Na cadeira não quis ficar

A valentia era dele

Covarde não era não

Só não queria o alisado

Da barriga na sua mão

Mais o danado doía

Sem deixa-lo descansar

A vontade que ele tinha

Era com a faca arrancar

Um delegado tão bravio

Que a todos fez respeitar

Não seria uma dor de dente

Que iria amarelar

Entrado no consultório

Começou a explicar

Qual o dente que doía

Pra o dentista arrancar

O dentista examinando

pois logo a falar

Do estado de sua boca

E como devia escovar

O delegado foi inchando

Com a conversa do doutor

Sem falar do alisado

Da barriga sem parar

Puxei o braço para o lado

Pra barriga não tocar

A desgraçada era grande

Não dava pra evitar

Metendo o aparelho

Começou a catucar

Catuca daqui alisa dali

Comecei a me irritar

Pra desgraça do doutor

Um conselho veio me dar

Seu minan você me escute

O que eu vou lhe falar

Pra higiene ser completa

Um fio dental tem que usar

Passando o fio pelos dentes

Muita placa vai acabar

O delegado enlouquecido

Um salto teve que dar

Depois de empurrão

Pra o doutor se afastar

Me respeite

seu fila da mãe

Que esse fio

Não vou usa

Isso é coisa de boiola

Para a bunda amostrar

Você vai sentir a minha mão

Pra poder me respeitar

Foi tanta confusão

Que a esposa fez entrar

Acompanhada do filho

Para o minan segurar

Tenha calma meu pai

O que foi que aconteceu

Essa brabeza toda

Parece que enlouqueceu

Esse filho de uma égua

Um fio dental mandou usar

Vou mostrar a ele

Onde o fio vou enfiar

A pobre da mulher

Começou a falar

Minan meu marido

Preste atenção no que eu digo

Esse fio não é aquilo

Que você ver no jornal

É um fio medicinal

Pra higiene bucal

Você passa entre os dentes

Na limpeza até o final

Evitando inflamação

E o mal halito por sinal

Me desculpe seu doutor

Por essa confusão

Você deveria ter me dito

Pra evitar tal situação

Vamos embora

Minha veia

Que aqui

Não voltou não

A vergonha é tão grande

Que não cabo nem no chão

Foi um fio mal entendido

Que gerou essa confusão

Vou pra casa arrependido

De ter criado essa confusão

Pra providenciar o tal fio

Pra depois da escovação

E assim eu aprendi

Essa grande lição

Nunca mais vou esquecer

Dessa grande confusão.

Everaldo da Silva
Enviado por Everaldo da Silva em 22/08/2011
Código do texto: T3176337
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