O AMANTE E O MARIDO!
Quero falar um assunto,
Difícil de se aceitar,
Isso é entre as mulheres,
Ouve-se muito falar,
Nem se sabe qual o nome,
Mas precisam de dois homens,
Pra vida não emperrar.
Dizem elas que o marido,
Cuida das contas e despesas,
Trabalha feito um cavalo,
Pra por comida na mesa,
Cuida da casa e dos filhos,
Deixando a esposa um brilho,
Mas em falta com certeza.
Enquanto que o amante,
Tem tempo pra xavecar,
Telefona cada instante,
Pra coisa não esfriar,
Faz e não quer nem saber,
Enche a mulher de prazer,
Matando-lhe a sede de amar.
O marido chega em casa,
Nervoso e descontente,
Fala sempre dos problemas,
Enfrentados no batente,
Com contas para pagar,
E do que tem que enfrentar,
Pra cumprir corretamente.
O amante por sua vez,
Fala sempre na saudade,
Que sentiu de sua amada,
Diz mesmo sem ser verdade,
Fala assim com voz melosa,
Deixando a mulher dengosa,
Se esquecer da honestidade.
O marido sempre compra,
Roupas pra se apresentar,
Quase sempre elegante,
Pra nos compromissos está,
Sempre fala em trabalho,
Vez em quanto quebra o galho,
Mas o bom deixa faltar.
Já o amante é esperto,
Age sempre ao contrário,
Ta sempre de bom humor,
Como um bom mercenário,
Invés de vestir tira a roupa,
Deixando a coitada louca,
Faz isso em qualquer horário.
Cansado de tanta lida,
O marido vai dormir,
Com uma camiseta velha,
E uma cueca sai daqui,
De estafa e cabeça cheia,
Dorme de touca e meia,
Sem mexer no bacuri.
O amante não senhor,
Espoja-se no prazer,
Dorme totalmente nu,
Só pra mulher perceber,
Que está ali doidinho,
Pra ficar bem grudadinho,
Só pra namorar você.
O coitado do marido,
Passa o tempo a reclamar,
Das coisas mal arrumadas,
Que ele tem que concertar,
Canos quebrados e torneira,
Tomadas, gás e geladeira,
Passa o tempo a trabalhar.
Com o amante é diferente,
Não tem tempo a perder,
Prepara um apartamento,
Para a mulher receber,
Faz tudo pra seu agrado,
Cama e quarto perfumado,
Faz qualquer mulher ceder.
O marido passa o dia,
Sem pra esposa ligar,
Quando esse telefona,
É para as coisas indagar,
Tem então de recompensa,
Voltar encher a dispensa,
Pra mulher não reclamar.
Já o amante faz charme,
Mesmo ao telefonar,
Todo cheio de mistérios,
Só pra mulher se ligar,
Passa um fio só pra dizer,
Comprei algo pra você,
Mas quero comemorar.
O marido chega em casa,
E é pura reclamação,
Do serviço de seu chefe,
Dos meios de condução,
Lamenta-se sem segredo,
De ter que acordar cedo,
Pra cumprir sua função.
O amante nada disso,
Reclama de outra maneira,
Diz que sente sua ausência,
De sábado à sexta feira,
Usa todo o fingimento,
Falando do sofrimento,
Por não tê-la a noite inteira.
O marido aproveita,
As noites de sexta feira,
Diz vou sair com os amigos,
Pra relaxar da canseira,
Vai se instalar num boteco,
E esvaziar todo caneco,
Na gandaia e gafieira.
O amante nunca deixa,
A mulher assim sozinha,
Sempre reserva um tempo,
Pra dar sua chegadinha,
Não age como o marido faz,
E ela quer cada vez mais,
Viver pisando na linha.
Eis ai um bom motivo,
Para os dois ela querer,
Um para pagar as contas,
E o outro pra lhe dar prazer,
Só sendo o fim do mundo,
Um chifra e outro é chifrudo,
Nem querem se conhecer.
Vai aqui o meu conselho,
Pra você que é casado,
Pense no que está fazendo,
Não se faça de arrogado,
Cuide bem de sua parceira,
Não fique dando bobeira,
Sendo por corno tratado.
25/08/2011.