Chifre danado

Antonia se encafifou

La pras tantas da madrugada

Deu nó na saia velha

Meio suja amarelada

Pra se encontrar com Justino

Negro roto baixeiro

Mais feio que boi tuia

Como porco de lameiro

Antonia botava chifre

Em cima de seu Justino

Cabulo jucuru abestado

Zonzo que nem o diabo

Babento e adoidado

Danada da negra tinha fogo mulundu

Bonita que nem só

Neste pedaço de mundo

Cabelo fazia mar ondado

Tinha brilho de pecado

Na renda de vira mundo

Por isto que o danado

Do Ca bloco Justino

Tava todo apaixonado

Não pra menos, era divino

ficar assim abestado