QUE A DEUSA DA MOCIDADE TÁ DESPEDINDO DE MIM

Versos inspirado em uma glosa antiga do grande poeta Pedro Bandeira

QUE A DEUSA DA MOCIDADE

TÁ DESPEDINDO DE MIM

Meu corpo está cansado

Com os ossos estralando

A vista já embassando

Ando pendendo de lado

o Cabelo esbranquiçado

Sentindo uma coisa ruim

A vida perto do fim

Já sei disso é verdade

QUE A DEUSA DA MOCIDADE

TÁ DESPEDINDO DE MIM

A língua só fala tropa

A pele bem ressequida

A roupa vive fedida

Parece ser uma estopa

Comida só mesmo sopa

Carne magra com capim

Não quero viver assim

Uma vida sem vaidade

QUE A DEUSA DA MOCIDADE

TÁ DESPEDINDO DE MIM

Olhando pra mulherada

O sofrimento é dobrado

Só se for enviagrado

Pra evitar a brochada

A barriga pendurada

DenunciA logo o "Velhim"

Tudo contribui enfim

Um viver de piedade

QUE A DEUSA DA MOCIDADE

TÁ DESPEDINDO DE MIM

Poeta de Branco
Enviado por Poeta de Branco em 24/09/2011
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