QUE A DEUSA DA MOCIDADE TÁ DESPEDINDO DE MIM
Versos inspirado em uma glosa antiga do grande poeta Pedro Bandeira
QUE A DEUSA DA MOCIDADE
TÁ DESPEDINDO DE MIM
Meu corpo está cansado
Com os ossos estralando
A vista já embassando
Ando pendendo de lado
o Cabelo esbranquiçado
Sentindo uma coisa ruim
A vida perto do fim
Já sei disso é verdade
QUE A DEUSA DA MOCIDADE
TÁ DESPEDINDO DE MIM
A língua só fala tropa
A pele bem ressequida
A roupa vive fedida
Parece ser uma estopa
Comida só mesmo sopa
Carne magra com capim
Não quero viver assim
Uma vida sem vaidade
QUE A DEUSA DA MOCIDADE
TÁ DESPEDINDO DE MIM
Olhando pra mulherada
O sofrimento é dobrado
Só se for enviagrado
Pra evitar a brochada
A barriga pendurada
DenunciA logo o "Velhim"
Tudo contribui enfim
Um viver de piedade
QUE A DEUSA DA MOCIDADE
TÁ DESPEDINDO DE MIM